Fígado: o superalimento mais potente da natureza

Há um bom tempo queria fazer uma postagem sobre esse incrível alimento que o fígado. Na natureza não há nenhum alimento com tamanha densidade nutricional. Depois que cheguei na postagem do Chris Kresser, decidi apenas traduzi-la e posta-la aqui.

Confira abaixo:

A sabedoria dietética convencional sustenta que os micronutrientes (vitaminas, minerais e oligoelementos) que precisamos dos alimentos são mais altamente concentrados em frutas e vegetais. Embora seja verdade que frutas frescas e vegetais estejam cheios de vitaminas e minerais, o teor de micronutrientes nem sempre corresponde ao que é encontrado em carnes e carnes de órgãos – especialmente fígado.

O gráfico abaixo lista o conteúdo de micronutrientes de maçãs, cenouras, carne vermelha e fígado bovino. Observe que todos os nutrientes da carne vermelha, exceto a vitamina C, superam os das maçãs e cenouras, e todo nutriente – incluindo a vitamina C – no fígado bovino ocorre em níveis excessivamente mais altos no fígado bovino comparado com maçã e cenoura. Em geral, as carnes de órgãos são entre 10 e 100 vezes mais altas em nutrientes que as carnes musculares correspondentes. (Dito isto, frutas e vegetais são ricos em fitonutrientes, como flavonóides e polifenóis, que não são encontrados em altas concentrações em carnes e carnes de órgãos, portanto, os produtos frescos devem sempre ser uma parte significativa de sua dieta.)

Na verdade, você pode se surpreender ao saber que, em algumas culturas tradicionais, apenas as carnes orgânicas eram consumidas. As carnes magras, que são o que mais comemos nos EUA hoje, foram descartadas ou talvez dadas aos cães.

Uma objeção popular a comer fígado é a crença de que o fígado é um órgão de armazenamento de toxinas no corpo. Embora seja verdade que um dos papéis do fígado é neutralizar toxinas (como drogas, agentes químicos e venenos), ele não armazena essas toxinas. Toxinas que o corpo não consegue eliminar tendem a se acumular nos tecidos adiposos e nos sistemas nervosos do corpo. Por outro lado, o fígado é um órgão de armazenamento para muitos nutrientes importantes (vitaminas A, D, E, K, B12 e ácido fólico e minerais como cobre e ferro). Esses nutrientes fornecem ao corpo algumas das ferramentas necessárias para se livrar das toxinas.

Lembre-se que é essencial comer carnes e órgãos de animais criados em pastagens frescas, sem hormônios, antibióticos ou alimentos comerciais. Os produtos de origem animal criados em pasto são muito mais ricos em nutrientes do que os produtos animais que vêm de confinamentos comerciais. Por exemplo, a carne de animais criados em pasto tem 2-4 vezes mais ácidos graxos ômega-3 do que a carne de animais criados comercialmente. E os ovos criados em pastagens contêm até 19 vezes mais ácidos graxos ômega-3 do que os ovos dos supermercados! Além dessas vantagens nutricionais, os produtos de origem animal criados em pasto beneficiam os agricultores, as comunidades locais e o meio ambiente.

MAÇÃ (100 g) CENOURAS (100 g) CARNE VERMELHA (100 g) BIFE DE FÍGADO (100 g)
Cálcio 3.0 mg 3.3 mg 11.0 mg 11.0 mg
Fósforo 6.0 mg 31.0 mg 140.0 mg 476.0 mg
Magnésio 4.8 mg 6.2 mg 15.0 mg 18.0 mg
Potássio 139.0 mg 222.0 mg 370.0 mg 380.0 mg
Ferro .1 mg .6 mg 3.3 mg 8.8 mg
Zinco .05 mg .3 mg 4.4 mg 4.0 mg
Cobre .04 mg .08 mg .18 mg 12.0 mg
Vitamina A 40 IU 53,400 IU
Vitamina D Vestígios 19 IU
Vitamina E .37 mg .11 mg 1.7 mg .63 mg
Vitamina C 7.0 mg 6.0 mg 27.0 mg
Tiamina .03 mg .05 mg .05 mg .26 mg
Riboflavina .02 mg .05 mg .20 mg 4.19 mg
Niacina .10 mg .60 mg 4.0 mg 16.5 mg
Ácido pantotênico .11 mg .19 mg .42 mg 8.8 mg
Vitamina B6 .03 mg .10 mg .07 mg .73 mg
Folato 8.0 mcg 24.0 mcg 4.0 mcg 145.0 mcg
Biotina .42 mcg 2.08 mcg 96.0 mcg
Vitamina B12 1.84 mcg 111.3 mcg

Postagem orginal: https://goo.gl/58oJzN

Preciso comer carboidratos para ter energia?

A gente viu neste post os segredos dos atletas low-carb. Se você não leu ainda, recomendo fortemente a leitura.

Resumindo: o segredo é que esses atletas (que consomem pouco carboidrato) têm MUITO mais energia porque conseguem acessar os próprios estoques energéticos de forma mais eficiente, ao contrário dos atletas que consomem uma quantidade maior de carboidratos.

Um outro ponto importante é que, se realmente fosse necessário comer carboidratos para ter energia, seria impossível praticar atividade física em jejum. Concorda?

Falei sobre jejum e atividade física nesse post. Inclusive mencionei minhas experiências de correr maratonas em jejum. E esqui aqui vivo e cheio de energia para compartilhar minhas experiências e informações com embasamento científico.

Mas, o que diz a ciência sobre carboidrato e energia? Nossa gordura corporal nada mais é do que reserva de energia. Se nós temos reservas abundantes, porque deveríamos comer carboidratos (açúcar) para ter energia? E como nós poderíamos acessar essas reservas (gorduras) para serem utilizadas como substrato energético?

Veja o estudo abaixo:

“A maneira mais eficiente para acelerar a capacidade do corpo de oxidar a gordura é reduzir a ingestão de carboidratos alimentares a um nível que resulte em cetose nutricional enquanto aumenta a ingestão de gordura por um período de várias semanas.”

Então, para conseguirmos acessar nossos estoques de forma mais eficiente, precisamos reduzir o consumo de carboidratos.

E atletas conseguem extrair algum benefício?

Vejamos:

Isso demonstra o grau em que esses atletas conseguiram se libertar da dependência de carboidratos durante o exercício de resistência, contando com suas reservas muito mais abundantes de gordura corporal.

Sim. Se com restrição de carboidratos conseguis acessar de forma mais eficiente nossos estoques energéticos, seja atleta ou não, conseguimos obter mais energia de forma natural.

Fonte: https://goo.gl/5Fg8MV