Low-Carb no Globo Repórter

Na sexta-feira 24/05/2019, o tema do Globo Repórter foi “Carboidratos”. Apesar do pouco tempo de exibição a respeito da abordagem low-carb, ficamos muito felizes pela enorme exposição do tema que certamente atingiu milhões de pessoas mundo afora. Porém, entendo que devido à grande quantidade de especialistas e personagens, o tempo de todos os envolvidos foi reduzido no programa.

Então, gostaria de aproveitar o momento para compartilhar mais sobre nossas experiências com essa abordagem tão incrível, que simplesmente envolve apenas “comer comida de verdade” e que vem melhorando a vida de muitas pessoas e ajudando a otimizar também a performance esportiva! Você tem alguma experiência com a low-carb e acha que pode ajudar mais alguém?

Deixa aqui nos comentários!

Obrigado!

Nossa História com a Comida – Última Parte

Estamos chegando ao fim da série #NossaHistóriaComAComida. E, agora, vamos começar a explicar o que tudo isso que falamos até agora tem a ver com nossos dias atuais e nossa saúde.

 

Nas tribos africanas dos Samburus e dos Massais, nas quais mais de 60% das calorias ingeridas vinha da gordura animal, a pressão arterial e o peso da sua população era cerca de 50% mais baixo que o dos pesquisadores ocidentais. E o colesterol e a pressão arterial, por exemplo, não pioravam com o envelhecimento.

 

“Se nossas crenças atuais sobre a gordura animal estão corretas, toda a carne e o leite que esses povos ingerem deveriam causar uma epidemia de doenças cardíacas”, resume Nina Teicholz, no livro “Gordura sem medo”.

 

Perto dos anos de 1900, o nutricionista mais influente da primeira metade do século XX, Sir Robert McCarrison, relatou que os siques e os hunzais, na Índia, sobreviveram essencialmente à base de alimentos de origem animal e não sofriam de nenhuma das doenças tão comuns no mundo ocidental, como câncer e apendicite, úlcera pépticas e cárie dentária.

 

Outro estudo, entre os anos de 1898 e 1905, feito pelo antropólogo Ales Hrdlicka, com os índios do sudoeste dos Estados Unidos observou que eles eram extremamente saudáveis e viviam muito, chegando a ter 224 homens centenários por 1 milhão de habitantes (na população branca esse índice chega a 3 por 1 milhão). Inclusive, os idosos de 90 anos (ou mais) não eram senis ou incapazes. A dieta deles era a base de carne de búfalo.

 

Estão percebendo que nossa saúde está intrinsecamente ligada ao que ingerimos? E que a gordura não é nem nunca foi a vilã da nossa alimentação?

 

Quando abandonamos os hábitos dos nossos ancestrais é que começamos a adoecer. E seguimos adoecendo cada vez mais na medida em que abandonamos a comida de verdade e vamos nos rendendo aos industrializados e processados.

 

Quer viver saudável até os 90, 100 anos? Então não perca tempo e comece sua mudança agora! Vamos construir uma nova parte do #NossaHistóriaComAComida.

 

Agora me conta aqui nos comentários: qual assunto você gostaria de ver como tema de uma nova série?

[LIVE] Emagrecer é difícil? Não!

No dia 14 de maio, fizemos uma live bem bacana com pessoas que emagreceram mais de 20kg e falaram sobre o que as fizeram dar o primeiro passo, como foi a jornada, como se alimentam etc.

Na live estavam:

– Kimberly (@kimberlymps) que emagreceu 24,5kg;
– Adriano (@prof.adrianosantos) que emagreceu 22kg;
– Neide (@neidealb) que emagreceu 25kg;
– E eu (andreburgos), que emagreci mais de 30kg.

Se você pensa que emagrecer é difícil, precisa assistir essa live!

😉

Preciso comer carboidratos para ter energia?

A gente viu neste post os segredos dos atletas low-carb. Se você não leu ainda, recomendo fortemente a leitura.

Resumindo: o segredo é que esses atletas (que consomem pouco carboidrato) têm MUITO mais energia porque conseguem acessar os próprios estoques energéticos de forma mais eficiente, ao contrário dos atletas que consomem uma quantidade maior de carboidratos.

Um outro ponto importante é que, se realmente fosse necessário comer carboidratos para ter energia, seria impossível praticar atividade física em jejum. Concorda?

Falei sobre jejum e atividade física nesse post. Inclusive mencionei minhas experiências de correr maratonas em jejum. E esqui aqui vivo e cheio de energia para compartilhar minhas experiências e informações com embasamento científico.

Mas, o que diz a ciência sobre carboidrato e energia? Nossa gordura corporal nada mais é do que reserva de energia. Se nós temos reservas abundantes, porque deveríamos comer carboidratos (açúcar) para ter energia? E como nós poderíamos acessar essas reservas (gorduras) para serem utilizadas como substrato energético?

Veja o estudo abaixo:

“A maneira mais eficiente para acelerar a capacidade do corpo de oxidar a gordura é reduzir a ingestão de carboidratos alimentares a um nível que resulte em cetose nutricional enquanto aumenta a ingestão de gordura por um período de várias semanas.”

Então, para conseguirmos acessar nossos estoques de forma mais eficiente, precisamos reduzir o consumo de carboidratos.

E atletas conseguem extrair algum benefício?

Vejamos:

Isso demonstra o grau em que esses atletas conseguiram se libertar da dependência de carboidratos durante o exercício de resistência, contando com suas reservas muito mais abundantes de gordura corporal.

Sim. Se com restrição de carboidratos conseguis acessar de forma mais eficiente nossos estoques energéticos, seja atleta ou não, conseguimos obter mais energia de forma natural.

Fonte: https://goo.gl/5Fg8MV

É possível prevenir o câncer!

Há mais de 27 meses que eu não tenho dor de cabeça, rinite, sinusite, asma, gripe resfriado etc. Sem medicamento nem suplemento. Qual é o segredo? Bons hábitos!

Ninguém quer adoecer, não é? Mesmo assim quantos de nós realmente se esforça para cuidar da saúde?

Agora eu te pergunto: se você soubesse que no futuro teria uma doença muito séria e, talvez, se tivesse se alimentado melhor poderia ter evitado? Você teria se alimentado melhor?

Vejamos esse estudo de pesquisadores franceses da Universidade de Sorbonne. Ele sugere que haja uma relação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o desenvolvimento de cânceres.

Um aumento de 10% do consumo desses alimentos foi associado a um aumento de 12% no risco de câncer em geral, e 11% no risco de câncer de mama.

Segundo o estudo, a lista de alimentos considerados como ultraprocessados foi:

  • Pães produzidos em série;
  • Lanches doces ou salgados;
  • Confeitaria industrializada e sobremesa;
  • Refrigerantes e bebidas açucaradas;
  • Almôndegas, empanados de aves e peixes nuggets de peixe e outros produtos de carne reconstituídos transformados com adição de conservantes que não sejam sal (ex: nitritos);
  • Macarrão e sopas instantâneas;
  • Refeições prontas congeladas;
  • E outros produtos alimentares feitos principalmente ou inteiramente a partir de açúcares, óleos e outras substâncias como óleos hidrogenados, amidos modificados e isolados protéicos.

Por que não começar hoje a comer comida de verdade?

Fonte: http://bit.ly/2GgWo6u

O que é jejum intermitente? Todo mundo pode fazer?

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Quando comecei a comer comida de verdade, logo percebi que a fome diminuía bastante. Fui pesquisar mais sobre o que a ciência diz a respeito dos jejuns, já que não sentia mais fome na hora das refeições. Já passava mais de 16 horas sem comer nada e me sentia ótimo, sem fome. Queria saber se fazia bem ou mal, se qualquer pessoa poderia fazer ou qualquer outra coisa que pudesse me ajudar nesse dilema.

Eu me perguntava: se a humanidade evoluiu milhões de anos sem comer todos os dias, muito menos a cada três horas, por que devemos comer “tanto” se nossos genes não estão adaptados?

Nos dizem pra comer “toda hora”, mesmo sem haver embasamento científico para tal. Aceitamos como verdade a necessidade de “precisar” comer direto. Mas por que isso?

Quando vi que em todas as pesquisas em que foi comparada uma alimentação low carb com qualquer outra, a low carb foi superior. Entenda aqui o que é uma alimentação low carb. E é justamente na alimentação com baixo carboidrato onde nos sentimos mais saciados.

Comecei a testar comigo mesmo e a compartilhar minhas refeições em meu perfil no Instagram (@andreburgos). Quando mostro que faço uma, duas ou nenhuma refeição no dia muitos me enchem de perguntas. Alguns até me acham louco. E o que mais deixa as pessoas intrigadas é que pratico atividade física que exige muito esforço e resistência. Corro maratonas e ultramartonas. E, sim, comer comida de verdade e fazer jejum tem me deixado mais disposto e otimizado bastante minha recuperação.

Não sou exceção. A humanidade evoluiu mais de 2 milhões de anos comendo o que a natureza oferecia (comida de verdade) e gastando bastante energia. Nossos genes estão adaptados a isso. 🙂

Mas será que passar longos períodos (acima de 14 horas) sem se alimentar faz bem ou mal? Qualquer pessoa pode fazer?

Pedi para a nutricionista Mirella Alves falar sobre o jejum intermitente. Leia abaixo:

“Será o jejum uma nova terapia? Mais uma nova “dieta da moda”? Devemos mesmo comer de três em três horas? Pular os lanchinhos trará problemas?

Para as pessoas que seguem as diretrizes nutricionais vigentes e consomem cerca de 60% de carboidratos por dia e evitam as gorduras como se elas fossem o grande mal do mundo, comer de três em três horas normalmente se faz necessário, pois esse tipo de dieta faz com que você sinta fome o tempo todo realmente. E passar algumas horas sem se alimentar já causa dor de cabeça, mal estar, barriga roncando e até hipoglicemia.

Quanto mais carboidratos você come mais insulina você libera e picos de insulina levam ao armazenamento mais rápido da glicose com consequente “sobra” de insulina na corrente sanguínea, que leva a fome novamente de preferência de mais carboidratos. E isso se torna um “ciclo vicioso”.

Onde eu estou querendo chegar com essa introdução é que pessoas que seguem uma dieta mais “low carb high fat”, ou seja, com menos carboidratos e mais gorduras, tendem a passar maiores períodos sem se alimentar e o melhor de tudo sem sentir fome, o jejum acontece de forma natural.

Será um jejum uma novidade? Não! Tenho certeza que nós, seres humanos, não evoluímos comendo de três em três horas. Até mesmo nossos avós não tinham esse hábito de comer várias vezes ao dia. Lembro muito bem da minha avó dizendo: “Menina não come isso agora, se não tu não vai almoçar”. O jejum é praticado há muitos séculos principalmente por questões religiosas, várias culturas praticam o jejum.

Existem muitos mitos sobre o jejum, tais como, você vai perder massa muscular, diminuir sua taxa metabólica basal, o cérebro só funciona com glicose, quando você voltar a comer terá compulsão e, a mais comum, “isso é loucura”. Enfim, as dúvidas e medos são inúmeros.

E não, nosso metabolismo não vai diminuir no jejum. Existem estudos que provam isso, eles mostram que o metabolismo não diminui, pelo contrário teve um estudo em que o metabolismo até aumentou e esse foi um estudo em que as pessoas passavam TRÊS dias sem se alimentar!

Entre os benefícios do jejum estão: melhora na sensibilidade à insulina, longevidade, diminuição do quadro inflamatório crônico, queda de níveis lipídicos altos, redução da pressão arterial, diminuição do estresse oxidativo e ação cardioprotetora.

Nosso corpo armazena energia na forma de gordura, então, por que “cargas d’água” iríamos usar os músculos como fonte de energia se temos uma reserva de gordura para queimar? Nosso cérebro funciona muito bem com corpos cetônicos que são produzidos a partir dos ácidos graxos (gordura). E fazemos isso diariamente enquanto dormimos e acordamos bem.

O maior medo das pessoas é em relação à glicose e ao cérebro, já que ele é “dependente” dela. Sim, nosso cérebro precisa de glicose para funcionar, aproximadamente 120g/dia, mas essa glicose não precisa vir necessariamente da alimentação! O nosso fígado tem a capacidade de produzir glicose, aproximadamente 200g/dia.

Quem quer que você coma o tempo todo? Por que as pessoas não apoiam? Porque ninguém ganha dinheiro de você quando você jejua. Pense nisso!

É importante salientar que o jejum deve ser feito por indivíduos ADULTOS E SAUDÁVEIS, não dependentes de medicamentos, especialmente diabéticos que tomam hipoglicemiantes e insulina. E, claro, para as gestantes, também não é indicado. Além do mais, o acompanhamento profissional é fundamental para avaliar a necessidade e os intervalos.”

Mirella é nutricionista e Especialista em Nutrição Clínica LCHF/Paleo
Siga no instagram: @mirellanutricionista
Contato para consultas: 81 33266291 ou 81 9 92874433

Receita de peixe com legumes no forno | Paleo – Low carb

Dia desses, estava querendo comer algo diferente, mas que fosse prático pra fazer. Claro que seria feito de comida de verdade. 🙂 Pra quem gosta de peixe, esse prato é uma excelente opção.

Ingredientes:

1kg de postas de peixe
Azeite
3 cenouras
2 cebolas
Brócolis
Azeitonas
Tempero a gosto. Usei sal, orégano e pimenta do reino.

Modo de preparo:

Em um refratário de vidro, coloque o peixe e derrame (bastante) azeite. O azeite ajudará no cozimento do peixe.

Coloque sal, orégano e pimenta do reino. Em seguida, coloque as cenouras fatiadas em rodelas, as cebolas em “anéis”, os brócolis, as azeitonas e mais azeite e orégano.

Cubra com papel alumínio e leve ao forno já pré-aquecido por aproximadamente 1 hora, em fogo médio/alto.

Uma taça de um bom vinho tinto seco é um excelente acompanhamento. 🙂

Bom apetite.