5 Erros Fatais na Dieta Carnívora que Podem Destruir seus Resultados

Erro 1: Comer com Muita Frequência e Exageradamente

Um dos principais erros na dieta carnívora é comer em excesso e com muita frequência. Muitas pessoas acreditam que, por estarem seguindo uma dieta baseada em alimentos de origem animal, podem comer à vontade, mas isso não é verdade. O problema não está na quantidade de comida, mas sim no comportamento alimentar. Comer em excesso e de forma compulsiva pode atrapalhar seus resultados de emagrecimento e até mesmo levar ao ganho de peso.

Erro 2: Consumir Queijos e Laticínios em Excesso

Outro erro comum na dieta carnívora é o consumo exagerado de queijos e laticínios. Embora esses alimentos sejam permitidos na dieta, é importante ter moderação. Muitos queijos e laticínios contêm adição de açúcar e outros ingredientes não saudáveis, o que pode prejudicar seus resultados de emagrecimento.

Erro 3: Consumir Embutidos em Excesso

Os embutidos, como salsicha, salame e bacon, também devem ser consumidos com moderação. Embutidos industrializados costumam conter adição de açúcar, conservantes e outros ingredientes não saudáveis. Além disso, o consumo excessivo de embutidos pode atrapalhar seus resultados de emagrecimento.

Erro 4: Comer Pouco por Muito Tempo

Embora a saciedade aumente na dieta carnívora, é importante não cair no erro de comer pouco por muito tempo. Ficar em um déficit calórico crônico pode prejudicar sua saúde hormonal e dificultar o emagrecimento. É importante comer o suficiente para suprir suas necessidades calóricas e nutricionais.

Erro 5: Consumir Bebida Alcoólica em Excesso

O consumo de bebida alcoólica, como cerveja, deve ser feito com moderação. O álcool é uma toxina que pode atrapalhar seus resultados de emagrecimento e influenciar negativamente seu metabolismo. É importante ter atenção à quantidade e frequência do consumo de bebida alcoólica.

Mantenha-se atento(a) a esses erros na dieta carnívora e faça escolhas conscientes para alcançar seus resultados desejados. Lembre-se de que cada pessoa é única e pode reagir de maneira diferente à dieta. Consulte um profissional de saúde antes de fazer qualquer alteração em sua alimentação.

Asma e atividade física

 

Será que asmático(a) pode fazer atividade física?
Bem, deixa eu contar minha experiência.

 

Sou asmático, ou pelo menos era. Desde de 2015 que não tenho uma única crise. E eu tinha crise sempre que minha garganta inflamava, quando eu ficava resfriado, quando o clima mudava rapidamente, quando eu tomava banho na chuva etc. Nunca fiquei internado, mas era frequente ir para emergência com crise durante a infância.

 

Ao longo dos anos eu fiquei sedentário e minha alimentação ficou um lixo. Claro que a asma continuou. Em 2013 eu decidi acabar com o sedentarismo e melhorar meus hábitos alimentares.

 

Em 2015, corri minhas primeiras ultramaratonas e comecei a comer comida de verdade. Desde 2015 não tenho uma única crise. Depois farei uma postagem sobre como a alimentação influencia, mas agora queria mostrar como o sedentarismo também é um fator importante.

 

Um estudo que acompanhou por 12 anos pessoas asmáticas, viu que o grupo que praticava atividade física com maior intensidade tinha maior capacidade respiratória, menos falta de ar e maior autopercepção de controle da asma.

 

E concluiu: “Este estudo destaca a importância do estilo de vida ativo e os perigos dos hábitos sedentários. Diretrizes modernas de atividade física concentram-se em atividades de maior intensidade, mas seria importante incluir atividades de baixa intensidade nessas diretrizes para uma abordagem mais holística. Mais estudos com uma análise precisa da intensidade da atividade são necessários para explorar ainda mais o efeito da atividade física em pacientes com asma.

 

Se você tem asma e é sendentário(a). Que tal começar amanhã a se movimentar um pouco mais. 🙂

 

CETOGÊNICA NÃO AFETA O DESEMPENHO DO EXERCÍCIO DE ALTA INTENSIDADE E CURTA DURAÇÃO

Há (infelizmente) muito mito sobre alimentação e atividade física. Principalmente quando se relaciona o consumo de carboidratos e performance. Já sabemos que restringir o consumo de carboidratos pode otimizar a performance em atletas de resistência. E já vimos um estudo mostrando que uma dieta cetogênica não afeta o desempenho de força em ginastas de elite e não compromete o desempenho e atividades de alta intensidade (HIIT).

Agora, compartilho mais um estudo recente que analisou “os efeitos de uma dieta cetogênica de seis semanas sobre o desempenho de exercícios de curta duração e alta intensidade“.

Oito homens e sete mulheres foram aleatoriamente designados para a dieta cetogênica (KETO; n = 8) ou o grupo controle (CON; n = 7). Todos foram treinados no CrossFit por pelo menos 3 meses antes do estudo. Várias medidas de desempenho anaeróbico foram avaliadas no início e após 6 semanas.

Conclusão: “A dieta cetogênica de 6 semanas não afetou o desempenho do exercício de alta intensidade de curta duração. Nossos dados não suportam a hipótese de que dietas cetogênicas induzidas prejudicam o desempenho de atividades de natureza anaeróbica. O presente estudo foi realizado durante um período de 6 semanas, permitindo a adaptação a cetogênica; os resultados podem ser diferentes se um período de tempo mais curto for utilizados.”.

Observaram o final? Aqui: “…os resultados podem ser diferentes se um período de tempo mais curto for utilizados.”. Essa é a questão. Os estudos que mostram queda na performance são os que não “respeitam” a fase de (re)adaptação.

Antes de fazer qualquer modificação na sua dieta, procure um profissional que se baseie em evidência.

Fonte: https://goo.gl/4bx9Es

Os hábitos dos esquimós

Nas primeiras postagens da série #NossaHistóriaComAComida, vimos que a utilização do fogo no preparo dos alimentos e que o consumo de carne foram primordiais na nossa evolução de símios para humanos. Nesta terceira parte, vamos mostrar os hábitos de alguns povos.

A ciência, inclusive, já estudou os hábitos alimentares dos nossos ancestrais no período paleolítico. Embora haja uma crença de que a dieta era composta basicamente de plantas, a literatura científica aponta que, sempre que possível, os primeiros seres humanos consumiam entre 45% a 65% de calorias provenientes de alimentos de origem animal.

Dando um salto para nossa história recente, temos povos que continuam ingerindo basicamente alimentos crus. Entre eles estão os esquimós (inuítes), que vivem no Ártico do Canadá e que tiveram seus hábitos estudados em 1906, pelo antropólogo Vilhjalmur Stefansson.  

Ele constatou que os esquimós se alimentavam basicamente de carne de foca e rena, grandes peixes como o salmão e, de vez em quando, carne de baleia, além de quase não consumirem vegetais. O cozimento era feito apenas na refeição da noite e os caçadores costumavam comer peixe fresco cru ou, caso o peixe fosse maior, comer os intestinos e guardar o restante para outra refeição. Porém, mesmo cozinhando, alguns alimentos eram preferidos crus, como é o caso da gordura das baleias.

Também era costume dos esquimós ingerir o animal inteiro, incluindo ossos, fígado e miolos. A estimativa do pesquisador é que de 70% a 80% das calorias da dieta dos esquimós vinham de gorduras – inclusive eles davam as partes mais magras da carne (o filé mignon entre elas) para os cachorros. Stefansson não viu, entre eles, nem obesidade nem doenças.

Mas não apenas os esquimós possuem uma dieta rica em gordura de origem animal. No próximo capítulo do #NossaHistóriaComAComida vamos ver os hábitos de povos da Austrália e da África.

Foto: https://goo.gl/9eiBKP

COLESTEROL: 12 artigos que você deveria conhecer

Desde meados dos anos 70 quando um estudo (manipulado e mal elaborado) associou o alto colesterol e doença cardiovascular. A história é um pouco longa, mas sua leitura é MUITO importante. Leia mais aqui.

Nosso cérebro tem apenas 2% do peso corporal, mas representa 23% do colesterol total do corpo. Claramente, o cérebro tem uma alta necessidade de colesterol, e sua insuficiência pode ser danoso para nossa saúde.

Ao longo dos anos vários estudos foram feitos para tentar corroborar a tese (de Ancel Keys) de que o alto colesterol é algo ruim, mas sem sucesso. Porém, a crença já está muito bem difundida, mesmo que muitos estudos mostrem o contrário. Que o colesterol isoladamente não é indicativo de nada.

Sempre nos preocupamos com o alto colesterol e nos foi, e ainda é, recomendando ficar de olho para que o colesterol não suba! E se subir? Remédio! Claro! Há um enorme interesse da industria farmacêutica.

Mas o que diz a ciência? Como falei acima, muitos estudos foram realizados nas últimas décadas para “provar” que precisamos ficar alertas com nosso colesterol, mas boa parte mostrou o contrário!

Separei 12 estudos que você precisa conhecer:

  1. Maior colesterol está associado a uma vida mais longa.
    Fonte: https://goo.gl/5M8Yqj
  2. “A associação inversa entre colesterol total elevado e redução da mortalidade por todas as causas em idosos é devida principalmente à mortalidade não cardiovascular, especialmente entre aqueles que não são tratados com medicamentos para baixar o colesterol.”
    Fonte: https://goo.gl/piwKva
  3. “O LDL-C elevado está inversamente associado à mortalidade na maioria das pessoas com mais de 60 anos. Esse achado é inconsistente com a hipótese do colesterol (isto é, que o colesterol, particularmente o LDL-C, é inerentemente aterogênico). Como os idosos com alto LDL-C vivem mais ou com mais tempo do que aqueles com LDL-C baixo, nossa análise fornece motivos para questionar a validade da hipótese do colesterol. Além disso, nosso estudo fornece a justificativa para uma reavaliação das diretrizes que recomendam a redução farmacológica do LDL-C nos idosos como um componente das estratégias de prevenção de doenças cardiovasculares.”
    Fonte: https://goo.gl/qTcRMS
  4. “Melhor funcionamento da memória associado a níveis mais elevados de colesterol total e de baixa densidade em indivíduos muito idosos.”
    Fonte: https://goo.gl/Ah1bz9
  5. O colesterol total baixo pode ser um marcador precoce do declínio cognitivo.
    Fonte: https://goo.gl/aN2NLD
  6. Em um estudo com homens finlandeses, o colesterol dietético e o consumo de ovos foram associados com menor risco de demência e / ou doença de Alzheimer.
    Fonte: https://goo.gl/EtsLxx
  7. Em idosos – 85 anos ou mais – aqueles cujos níveis séricos de colesterol aumentaram tiveram o menor risco de demência.
    Fonte: https://goo.gl/Pr4mvk
  8. Mesmo entre mulheres saudáveis de meia-idade, maior colesterol total e LDL foi associado com melhor função de memória. Os autores deste estudo advertem: “Possíveis efeitos cognitivos de redução do colesterol deve ser considerado em estudos futuros de agentes hipolipemiantes.” O que isto significa é que as estatinas podem prejudicar a função cognitiva.
    Fonte: https://goo.gl/WNxfCn
  9. Níveis elevados de colesterol diminuem o risco de câncer colorretal.
    Fonte: https://goo.gl/wfsngH
  10. Níveis elevados de colesterol total no final da vida associada a um risco reduzido de demência.
    Fonte: https://goo.gl/yk6u3d
  11. Inflamação, não o colesterol, é uma causa de doença crônica.
    Fonte: https://goo.gl/WwAKZL
  12. Relatórios recentes sugeriram uma ligação entre o colesterol total sérico baixo e o risco de morte por suicídio.
    Fonte: https://goo.gl/XpWH5U

Antes de fazer qualquer modificação na sua dieta, procure a opinião de um médico que se baseie em evidência!

O primeiro passo é ACREDITAR!


Nosso cérebro tem um poder enorme sobre o resultado de nossas ações. E nossas ações são guiadas por nossas crenças.

Explico melhor. Por exemplo: se você acreditar fortemente que é capaz de emagrecer, você agirá (ação) da mesma maneira que pessoas que emagrecem agem, logo, terá o mesmo resultado.

Entende?

Mas por que estou falando isso? Simplesmente porque tudo que “colhemos” é resultado das nossas ações que são guiadas por nossas crenças.

Quando falamos de low-carb e performance esportiva (veja aquiaquiaquiaquiaqui, e aqui), muitos não acreditam, mesmo que muitos estudos provem. Se essas pessoas tentarem (sem acreditar ou com desconfiança) é muito provável que não funcione. Entende?

TODOS os estudos controlados realizados com atletas adaptados tiveram excelentes resultados. Mesmo assim há quem diga que não funciona. Puramente crença. Mesmo sabendo que nossos ancestrais evoluíram por quase 3 milhões de anos comendo pouco, muito pouco ou nenhum carboidrato e gastando MUITA energia para sobreviver e que foi nesse contexto que nossa adaptação genética aconteceu.

Mas será que existe algum estudo que mostre o que estou querendo dizer?

Vejamos…

Um estudo foi realizado no Japão com 13 pessoas que eram extremamente alérgicas a uma planta venenosa. Cada um foi esfregado em um braço com uma folha inofensiva, sendo informado que era a venenosa e no outro braço com uma planta venenosa que disseram ser inofensiva.

Resultado:
Todos os 13 tiveram irritação onde a folha inofensiva tocou a pele. Apenas 2 tiveram reação alérgica às folhas do veneno.

Fonte: https://goo.gl/wXc2iq

Outro estudo foi realizado para testar a percepção do café da manhã e melhora no desempenho de alta intensidade com ciclistas.

Treze ciclistas bem treinados realizaram três testes experimentais experimentais examinando a ingestão de café da manhã 90 minutos antes da atividade.

  • Um grupo consumiu apenas água;
  • Outro consumiu um pré-treino (2g de carboidrato por kg de peso);
  • O terceiro grupo consumiu um shake placebo (sem caloria = ao jejum);

Resultado:

  • O grupo placebo teve melhor desempenho;
  • O segundo melhor foi o do pré-treino com carboidratos;
  • O pior desempenho foi o do jejum.

Todos os atletas estavam acostumados/adaptados a consumir carboidratos antes de treinar. E como esperado, o grupo que treinou em jejum teve o pior desempenho. Porém, o grupo mais rápido foi o que consumiu o shake placebo (nenhuma caloria). O shake tinha textura e sabor, mas ZERO caloria. Isso “enganou” os atletas que treinaram acreditando que tinham consumido carboidrato.

Fonte: https://goo.gl/TzcdqF

Então, seja o que for que te impede de seguir adiante, talvez alguma crença esteja te limitando. Enxergue as possibilidades e acredite ser capaz! Corra atrás do seu objetivo e FOQUE na ação! O resultado virá com o tempo.

 

O consumo de ovos inteiros promove maior estimulação da síntese protéica muscular pós-exercício do que o consumo apenas de clara em homens jovens

O ovo é um dos alimentos com maior densidade nutricional que existe. E, nos últimos anos nos foi recomendado para consumi-lo com moderação por causa do colesterol. mas já se sabe que o colesterol da dieta não tem nenhuma relação com o colesterol do sangue. Veja aqui.

Quando olhamos no contexto evolutivo, por milhões de anos nossos ancestrais consumiram alimentos que a natureza ofertava (principalmente ovos). Nossos genes estão plenamente adaptados a esse alimento! Falei sobre nossa adaptação genética aqui.

Devemos consumir o ovo completo ou apenas a clara?

Um estudo que envolveu 10 homens treinados de resistência com idade média de 21 anos, com peso médio de 88 kg e 16% de gordura coporal média. Após o exercício, os participantes consumiram intrinsecamente ovos inteiros marcados com L-leucina (18 g de proteína, 17 g de gordura) ou claras de ovos (18 g de proteína, 0 g de gordura). Amostras repetidas de biópsias de sangue e músculo foram coletadas para avaliar a cinética de leucina de corpo inteiro, sinalização intramuscular e síntese de proteínas miofibrilares.

Resultado: “… a ingestão de ovos inteiros aumentou a resposta sintética da proteína miofibrilar pós-exercício em maior extensão do que a ingestão de clara de ovo”

Conclusão: “Nós mostramos que a ingestão de ovos inteiros imediatamente após o exercício resistido resultou em maior estimulação da síntese de proteínas miofibrilares do que a ingestão de clara de ovo, apesar de ser compatível com o teor de proteína em homens jovens. Nossos dados indicam que a ingestão de alimentos ricos em nutrientes e proteínas estimula diferencialmente o anabolismo muscular em comparação com alimentos ricos em proteínas.”

Fonte: https://goo.gl/5R9SFN

Dieta cetogênica, saúde e atividade física

Há poucas décadas, uma crença se fortaleceu: a que o carboidrato é essencial para a vida e para a atividade física. Acredita-se que o carboidrato seja a principal fonte de energia para a atividade física e, sem ele, seria inviável obter performance. Com isso, olha-se a dieta cetogência com discriminação.

O principal problema nesta questão é ignorar as evidências. Talvez seja por ingenuidade. Talvez seja por resistência. É difícil mudar uma crença, eu sei. Por mais que haja uma enorme quantidade de evidências de alto nível, há resistência em acreditar. É triste.

Vamos entender mais.

O que é dieta cetogênica?

A dieta cetogêncica é baseada no baixo consumo de carboidrato. Menos de 50g por dia. Quando se pratica a cetogênica, o corpo entra em cetose nutricional, e é aí onde a mágica acontece.

Com a baixa ingestão de carboidrato, o corpo começa a oxidar a própria gordura e a gerar corpos cetônicos. Ao contrário da crença popular, corpos cetônicos são uma fonte de energia essencial em nossas células, que vem do metabolismo normal da gordura.

Funciona para emagrecer?

Para entrar em cetose, precisamos comer pouco carboidrato (low-carb) e, assim, o corpo começa a oxidar gordura. OK? Mas será que serve para emagrecer mesmo sem nos preocuparmos com calorias, porções etc.?

Sim! Postei aqui que não há estratégia melhor para emagrecer do que restringir o consumo de carboidratos.

Serve para atividade física?

Sim! Já fiz uma postagem sobre como uma alimentação low-carb high fat (LCHF) pode otimizar a performance esportiva. Fiz também uma live no Youtube com a endocrinologista Janaína Koenen e a maratonista Maria Vitória sobre Low-Carb, Corrida e Performance. Mas não precisamos comer carboidrato para ter energia? NÃO! Não precisamos comer carbo para ter energia!

Dá energia mesmo?

Não é que dê mais energia, é que o consumo crônico de carboidratos inibe a cetose, logo, limitamos a oxidação de gordura. Quando restringimos o consumo de carboidratos, o corpo tem acesso a estoques MUITO mais abundantes de energia que são as gorduras.

O corpo inteiro usa cetonas de uma forma mais segura e eficaz do que a fonte de energia proveniente de carboidratos. Afinal, evoluímos milhões de anos low-carb. Se nosso corpo “sabe” trabalhar com alguma fonte de energia, essa fonte é a gordura.

E o que hoje é conhecido como a dieta cetogênica foi o tratamento número um para a epilepsia até que a “Big Pharma” chegou com seus perigosos coquetéis de drogas antiepilépticas.

Nossos órgãos e tecidos do corpo funcionam muito melhor quando usam cetonas como fonte de energia, incluindo o cérebro, o coração e o núcleo de nossos rins. Tanto o coração como o cérebro funcionam pelo menos 25% mais eficientemente com cetonas do que com açúcar no sangue.

As mitocôndrias – fábrica produtora de energia – trabalham muito melhor numa dieta cetogênica, pois são capazes de aumentar os níveis de energia de maneira estável, duradoura, eficiente e constante.  Quando estamos em cetose, há um aumento na produção energética de nossas mitocôndrias, além de reduzir a produção de radicais livres prejudiciais. Isso porque as mitocôndrias são especificamente projetadas para usar gordura como energia, e quando isso acontece sua carga tóxica é diminuída.

Há quase três milhões de anos “praticamos” a cetogênica e isso nos tornou humanos. Foi o estilo de vida no qual nossos cérebros foram nutridos e evoluíram.

Fonte: https://goo.gl/CI38ub

Jejum e metabolismo?


Há uma crença bem difundida de que é preciso comer com bastante frequência, por exemplo, a cada 3 horas, E Uma das principais razões seria para manter o metabolismo acelerado.

A gente já sabe que essa afirmação (comer de 3 em 3 horas) contradiz com a forma como nossos ancestrais evoluíram, ou seja, como nossos genes estão adaptados. Mas, para muitos talvez isso não queira dizer nada.

Então vamos ver o que diz a ciência.

Neste estudo que analisou o o que acontecia (em humanos) durante 48 horas de jejum, viu-se que “durante o jejum de 48 horas houveram alterações consideráveis ​​no metabolismo basal, incluindo um aumento significativo (média de 3,6%) na taxa metabólica de repouso.

Fonte: https://goo.gl/D7zSyS

E neste outro em que 8 homens e 8 mulheres jejuaram em dias alternados durante 22 dias, concluiu-se que “a temperatura e a taxa metabólica de repouso absoluta e relativa não foram significativamente diferentes da linha de base.”.

Fonte: https://goo.gl/vgBroU

Bem, se a afirmação de que se deve comer de 3 em 3 horas for para manter o metabolismo acelerado, hum.., a ciência prova o contrário. Ou seja, em períodos de jejum nosso metabolismo ou permanece inalterado ou tem uma leve aceleração.

Low-carb, jejum e massa muscular


Sabemos há MUITO tempo que a melhor estratégia para emagrecer é restringir o consumo de carboidratos. Os artigos comprovam isso! Veja aqui.

Mas quando se fala em low-carb e atividade física MUITOS mitos surgem. Um deles é que restringir o consumo de carboidratos e/ou praticar jejum faz com que o corpo “queime” massa muscular. Será mesmo?

Se analisarmos o contexto evolutivo, o homem SEMPRE praticou jejum de forma natural e gastava bastante energia. E, ao longo de milhares de anos nossos ancestrais evoluíram comendo pouco carboidrato. Nossos genes estão adaptados a essas conduções!

Mas o que acontece quando passamos um período longo sem nos alimentarmos? Muita coisa, claro! 🙂

Esse estudo viu que  “dois dias de jejum induziram um aumento de 5 vezes na taxa de produção de GH endógena de 24 horas”.

Fonte: https://goo.gl/8xd4mK

GH é o famoso hormônio do crescimento. E dentre suas principais funções está a de promover o anabolismo do corpo, ou seja, é peça fundamental no crescimento e desenvolvimento de todos os tecidos.

Então, em vez de perdermos massa muscular o corpo produz mais GH com o objetivo de preservar nossos músculos. E faz MUITO sentido! Afinal, se temos MUITA energia armazenada em forma de gordura, por que o corpo queimaria músculo? Seria suicídio, não é?

Este outro artigo concluiu:

“Nossos resultados sugerem que um programa de jejum intermitente em que todas as calorias são consumidas em uma janela de 8 h por dia, juntamente com treinamento de resistência, poderia melhorar alguns biomarcadores relacionados à saúde, diminuir a massa gorda e manter a massa muscular em homens treinados em resistência.”

Neste vemos que a prática regular de jejuns intermitentes (16h) associadas com treinamento de resistência não “queimou” músculo, e sim preservou.

Fonte: https://goo.gl/Naa4xM

Este outro estudo que comparou o desempenho de atletas de ultrarresistência de elite. Um grupo low-carb e outro high carb.

Veja abaixo:

Apesar dessas diferenças marcantes no uso de combustível entre os atletas LC e HC, não houve diferenças significativas no glicogênio muscular em repouso e no nível de depleção após 180 min de corrida (-64% do pré-exercício) e 120 min de recuperação (-36% do pré-exercício).”

Conclusão:

“Comparado com atletas de ultra-endurance altamente treinados consumindo uma dieta HC, a adaptação de ceto a longo prazo resulta em taxas extraordinariamente altas de oxidação de gordura, enquanto a utilização de glicogênio muscular e padrões de repleção durante e após 3 horas são similares.”

Fonte: https://goo.gl/Hnr8uo

Este outro analisou o desempenho de atletas de ginástica artística ao praticar uma dieta cetogênica.

Conclusão:

“Apesar das preocupações de treinadores e médicos sobre os possíveis efeitos prejudiciais das dietas de baixo carboidrato no desempenho atlético e a importância bem conhecida dos carboidratos, não há dados sobre o VLCKD e o desempenho de força. O efeito inegável e repentino do VLCKD na perda de gordura pode ser útil para os atletas que competem em esportes com base na classe de peso. Nós demonstramos que o uso de VLCKD por um período de tempo relativamente curto (ou seja, 30 dias) pode diminuir o peso corporal e a gordura corporal, sem efeitos negativos no desempenho de força em atletas de alto nível.”

Fonte: https://goo.gl/ZPsjbn

Não tem nada mais natural ao nosso corpo do que consumir carboidratos de forma moderada e jejuar.

Antes de fazer qualquer modificação em sua dieta, busque a opinião de um especialista que se baseie em ciência!