CIRURGIA É A ÚNICA ALTERNATIVA MESMO?

Cirurgia bariátrica cresceu 47% em cinco anos no Brasil! É triste! E pra ficar mais triste: metade das pessoas que reduzem o estômago voltam a ganhar peso.

O fato é que a cirurgia ataca o sintoma e não a causa. As pessoas não engordam porque comem muito. Estudos mostram que elas comem muito porque engordam. A má alimentação rica em açúcares e farináceos causa uma bagunça hormonal. E a obesidade é uma das causas.

E por que não se trata o foco do problema? Existe alguma evidência que mostre segurança e eficácia?

Vejamos:

Um estudo que fez uma intervenção de 4 semanas com a dieta cetogênica em pacientes obesos com a bariátrica agenda e teve o seguinte resultado:

Todos os 27 pacientes completaram o estudo. Foi observado decréscimos altamente significativos no peso corporal (- 10,3% nos homens; – 8,2% nas mulheres) e no volume do lobo hepático esquerdo (- 19,8%). Todos os pacientes apresentaram alta frequência de aceitabilidade e adesão no seguimento da dieta. Nenhum efeito colateral adverso foi relatado.

A dieta foi composta por 4% de carboidratos, 71% de gorduras e 25% de proteínas.

Conclusão: “Este estudo demonstra que uma dieta cetogênica pré-operatória de 4 semanas é segura e eficaz na redução do peso corporal, volume do Lobo hepático esquerdo e melhora na deficiência de micronutrientes em pacientes obesos agendados para cirurgia bariátrica”.

Sabe o que é mais intrigante?

Por que não usar a cetogênica para evitar a cirurgia?

Fontes:
https://goo.gl/QWFXRj
https://goo.gl/g9TUPV
https://goo.gl/ofikW

CETOGÊNICA NÃO AFETA O DESEMPENHO DO EXERCÍCIO DE ALTA INTENSIDADE E CURTA DURAÇÃO

Há (infelizmente) muito mito sobre alimentação e atividade física. Principalmente quando se relaciona o consumo de carboidratos e performance. Já sabemos que restringir o consumo de carboidratos pode otimizar a performance em atletas de resistência. E já vimos um estudo mostrando que uma dieta cetogênica não afeta o desempenho de força em ginastas de elite e não compromete o desempenho e atividades de alta intensidade (HIIT).

Agora, compartilho mais um estudo recente que analisou “os efeitos de uma dieta cetogênica de seis semanas sobre o desempenho de exercícios de curta duração e alta intensidade“.

Oito homens e sete mulheres foram aleatoriamente designados para a dieta cetogênica (KETO; n = 8) ou o grupo controle (CON; n = 7). Todos foram treinados no CrossFit por pelo menos 3 meses antes do estudo. Várias medidas de desempenho anaeróbico foram avaliadas no início e após 6 semanas.

Conclusão: “A dieta cetogênica de 6 semanas não afetou o desempenho do exercício de alta intensidade de curta duração. Nossos dados não suportam a hipótese de que dietas cetogênicas induzidas prejudicam o desempenho de atividades de natureza anaeróbica. O presente estudo foi realizado durante um período de 6 semanas, permitindo a adaptação a cetogênica; os resultados podem ser diferentes se um período de tempo mais curto for utilizados.”.

Observaram o final? Aqui: “…os resultados podem ser diferentes se um período de tempo mais curto for utilizados.”. Essa é a questão. Os estudos que mostram queda na performance são os que não “respeitam” a fase de (re)adaptação.

Antes de fazer qualquer modificação na sua dieta, procure um profissional que se baseie em evidência.

Fonte: https://goo.gl/4bx9Es

Como saber se algo realmente funciona?

Quero provocar uma reflexão em você hoje! Para sabermos se algo realmente funciona ou não, precisamos testar, não é?! As hipóteses “eu acho que funciona” ou “eu acho que não funciona” podem até ser um ponto de partida, mas não posso ter certeza absoluta de algo sem testar ou sem que alguém já tenha testado.

Então a reflexão que proponho hoje é sobre low-carb e otimização da performance, assunto sobre o qual ainda recaem alguns mitos, que tento desmistificar compartilhando a verdade provada em diversos estudos que venho mostrando aqui ao longo do tempo. Mas você não precisa aderir à low-carb se não quiser; se você quiser continuar com seu hábito alimentar e estiver satisfeito com seus resultados, perfeito. Mas, para quem deseja otimizar a performance esportiva com low-carb e tem dúvida, eu compartilho várias evidências. E garanto: funciona comigo, funciona com várias pessoas com quem venho fazendo o trabalho de mostrar o caminho certo e com inúmeras outras ao redor do mundo.

O consumo crônico de carboidrato acaba inibindo nosso potencial para oxidar gordura para ser utilizado como fonte de energia. E a gente tem dezenas de vezes mais energia armazenada em forma de gorduras do que em forma de glicogênio, então não faz sentido algum focar só no carboidrato.

Por que estou falando isso? Porque quero comentar um dos melhores estudos que já vi. Mas antes de apresentá-lo, gostaria de dizer que precisamos ser muito críticos em relação às pesquisas divulgadas. Eu mesmo recebi recentemente um estudo falando que a performance de atletas low-carb diminuiu.

Todos sabemos, e eu já falei varias vezes, que antes da melhora nos resultados há um período de adaptação. Pois bem. Esse estudo que fala da diminuição da performance analisou os atletas por três semanas, período insuficiente para a plena adaptação. Eu, por exemplo, levei três semanas apenas para ter minha performance recuperada e só a otimizei depois de pouco mais de um mês e meio. Para se ter uma ideia, há estudos que consideram análises de meses para avaliar a otimização da performance.

Quando vemos estudos controlados com atletas plenamente adaptados com a dieta cetogênica (consumo de até 50 gramas de carboidratos/dia) comparados aos atletas que consomem um maior teor de carboidratos, os da cetogênica têm um desempenho igual ou superior em TODOS eles.

Nos estudos que não respeitam essa fase de adaptação do atleta, é claro que a performance vai cair. E tenho batido muito nessa tecla: é muito provável que o atleta que inicia na cetogênica, tenha uma queda de performance! Por isso, é importante ter um acompanhamento, seja de coach, de nutricionista… enfim, de profissionais que saibam como é esse caminho e possam dar uma orientação correta.

Voltando então ao estudo que queria falar… nele foi analisada a performance de 20 atletas de ultrarresistência e de elite. Os atletas que correm de 80km até 160km e os atletas de elite, que ficam, geralmente, no top 10 das provas que participam, foram divididos em dois grupos de dez. Um fez a dieta cetogênica (10,4% de carboidrato por dia, 69,5% gordura e 19,4% de proteína) e outro com high-carb, consumindo sua dieta padrão (59,1% de carboidrato por dia, 25% gordura e 14,4% de proteína).

Destaco que o grupo low-carb apenas foi testado após passada a fase média de adaptação, que, nesse caso, foi de vinte meses – esses atletas passaram entre 9 e 36 meses se alimentando com pouquíssimo carboidrato. Então, após essa adaptação, ambos os grupos fizeram teste de três horas em esteira. E, para a análise final, foi feita uma série de exames, inclusive coleta de sangue antes, durante e depois do teste.

O que foi constatado? Destaco aqui dois pontos:

1 – o grupo low-carb oxidou a gordura corporal de duas a três vezes mais comparado ao grupo high-carb. Ou seja, bem mais acesso aos estoques de energia em forma de gordura. Inclusive, já compartilhei outros estudos mostrando que aquilo que inibe o acesso a esses estoques é justamente o consumo crônico de carboidrato.

2 – nas análises ao final do teste, constatou-se que o glicogênio muscular ficou semelhante nos dois grupos, de baixo e alto carboidrato. E aí derruba-se o mito que se eu retiro (ou reduzo) o carboidrato da minha dieta – que pode ser uma redução de muito ou de pouco, a depender da ótica de cada um -, o corpo vai utilizar meu músculo, vai catabolizar, e eu vou perder massa muscular. Quem fala isso não tem embasamento científico, se baseia em literatura falha! Para checar qualquer afirmação que alguém te dê, veja qual foi a referência, veja se foi realmente testado, e sem seres humanos. Muitos estudos são, por exemplo, feitos apenas com observações e/ou em camundongos.

Então, em relação à performance e corrida, em especial em corridas de resistência em provas de endurance, o grupo que restringe o consumo de carboidratos, consegue oxidar a gordura corporal de duas a três vezes mais, comparado ao grupo que consome mais carboidrato e que, consequentemente, inibe o acesso aos estoques de gordura. Mesmo assim, o glicogênio muscular é semelhante antes, durante e após a prática da atividade física nos grupos com low-carb e high-carb.

O interessante desse resultado é a quebra de mitos. É como falei logo no início: pra gente saber se algo dá ou não resultado, é preciso testar! Não adianta alguém te falar que low-carb não funciona para atleta, principalmente atletas de endurance; que vai faltar energia, vai comprometer a cognição, concentração… essa afirmação vai de encontro às reais evidências científicas (esse estudo que falei é só um delas)!

E se te mostrarem algum outro estudo que aponte a queda de performance em atletas low-carb, avalie se ele foi controlado, se foi feito em humanos e qual o tempo de adaptação do atleta, porque, como já falei aqui, carboidrato causa dependência e quando o corpo se liberta dela, mil maravilhas acontecem. E nem precisa chegar na cetogênica! Consumindo carboidratos em quantidade moderada para baixa, já é possível se chegar a excelentes resultados.

Como a cetogênica otimiza a saúde do cérebro

Cada vez mais, vemos novos estudos mostrando os grandes benefícios de uma alimentação com restrição de carboidratos no tratamento e prevenção de várias doenças, principalmente cerebrais.

Um dos pontos que destaco é a incrível capacidade de otimização do cérebro quando trabalha com corpos cetônicos como combustível.

Para que o fígado produza corpos cetônicos, é preciso restringir o consumo de carboidratos para menos de 50 gramas por dia e moderar no consumo de proteína.

Em uma dieta cetogênica, o cérebro é alimentado principalmente por cetonas. Em uma dieta padrão de baixo carboidrato, o cérebro ainda será amplamente dependente da glicose, embora possa queimar mais cetonas do que em uma dieta regular.

Mas o cérebro não precisa de 130 gramas de carboidratos por dia?

É comum ouvirmos falar que nosso cérebro precisa de 130 gramas de carboidratos por dia para funcionar “corretamente”. Este é um dos mitos mais comuns sobre dietas de baixo carboidrato.

Veja abaixo o trecho de um relatório do Conselho de Alimentos e Nutrição do Instituto de Medicina dos EUA:

Nele é afirmado:

O limite inferior de carboidratos na dieta compatível com a vida aparentemente é zero, desde que quantidades adequadas de proteína e gordura sejam consumidas.“.

Embora uma dieta zero-carb não seja recomendada porque elimina muitos alimentos saudáveis, você pode definitivamente comer muito menos que 130 gramas por dia e manter uma boa função cerebral.

E quando restringimos carboidratos, de onde vem o combustível para o cérebro?

Nossos ancestrais evoluíram milhões de anos consumindo pouco, muito pouco ou nenhum carboidrato. Você acha mesmo que nosso corpo iria precisar que comêssemos carboidrato para que o cérebro funcionasse? Nosso corpo se adaptou ao contexto no qual evoluímos milhões de anos! Claro que ao longos desses milhões de anos de evolução nosso corpo desenvolveu belas “habilidades” para lidar com tais situações.

Quando o carboidrato é escasso e/ou em longos períodos sem nos alimentarmos (jejum) nosso fígado produz glicose através de um processo chamado gliconeogênse. Ou seja, nosso fígado produz glicose sem que seja preciso consumir nenhuma grama de carboidrato. É uma capacidade natural do fígado. Foi assim que nossos ancestrais evoluíram milhões de anos fazendo com que seus cérebros funcionassem saudáveis mesmo mesmo com escassez de carboidratos e durante looongoooos períodos de jejum.

Além disso, num processo chamado cetogênese, nosso fígado é capaz de produzir cetonas a partir de ácidos graxos quando os níveis de glicose e insulina estão baixos. No entanto, o fígado aumenta ainda mais a produção de cetonas durante o jejum ou quando a ingestão de carboidratos cai abaixo de 50 gramas por dia (veja aqui e aqui).

Quando os carboidratos são eliminados ou minimizados, as cetonas podem fornecer até 70% das necessidades energéticas do cérebro (veja aqui).

Outros benefícios para o cérebro:

Epilepsia: A dieta cetogênica foi desenvolvida pelo Dr. Russell Wilder em 1921 para tratar a epilepsia resistente a medicamentos em crianças. Sua dieta fornece cerca de 90% das calorias provenientes de gordura e tem mostrado imitar os efeitos benéficos do jejum nas convulsões (veja aqui).

Memória: Os adultos mais velhos em risco de doença de Alzheimer mostraram melhora na memória após seguir uma dieta muito baixa em carboidratos por seis semanas (veja aqui).

Hiperinsulinismo congênito: esta condição causa hipoglicemia e pode levar a danos cerebrais. Hiperinsulinismo congênito tem sido tratado com sucesso com dieta cetogênica (veja aqui).

Dores de cabeça com enxaqueca: Pesquisadores relatam que dietas com baixos níveis de carboidratos ou cetogênicos podem proporcionar alívio para quem sofre de enxaqueca (veja aqui e aqui).

Doença de Parkinson: Em um estudo pequeno e não controlado, cinco entre sete pessoas com doença de Parkinson que completaram uma dieta cetogênica de quatro semanas tiveram melhora de 43% nos sintomas autorreferidos (veja aqui).

Lesão cerebral traumática: Pacientes com traumatismo cranioencefálico grave que receberam uma fórmula sem carboidrato foram capazes de se nutrir, evitando açúcar elevado no sangue, o que pode dificultar a recuperação (veja aqui).

Fonte: https://goo.gl/MB5L2q

Dieta cetogênica melhora a performance e a composição corporal em atletas de resistência

A gente já sabe que uma dieta cetogênica está diretamente ligada a melhorias da saúde geral, inclusive, médicos vem potencializando tratamentos de câncer com a cetogênica, além de reverter obesidade e diabetes do tipo 2.

Mas, infelizmente ainda há uma considerável resistência em relação a prática desportiva. Porém, inúmeros artigos vêm mostrando que além da segurança, atletas vêm otimizando suas performances, melhorando marcadores inflamatórios, concentração, qualidade do sono, controle do peso, prevenindo lesão etc.

Este estudo viu que a Adaptação a cetogênica melhora o desempenho no exercício e as respostas da composição corporal ao treinamento em atletas de resistência.

Vinte atletas do sexo masculino treinados em endurance acostumados com uma dieta rica em carboidratos foram divididos em 2 grupos. Um HC (alto carboidrato) (n = 11, % carboidrato: proteína: gordura = 65:14:20) e o outro grupo LCKD (cetogênica) (n = 9, 6:17:77).  Antes e após a conclusão bem sucedida de 12 semanas de dieta e treinamento, os participantes tiveram sua composição corporal avaliada e completaram um teste de tempo de 100 km (TT), seis segundos (SS) e um teste de força crítica (CPT). Durante o teste pós-intervenção, o grupo HC consumiu 30-60g / h de carboidrato, enquanto o grupo LCKD consumiu água e eletrólitos.

O grupo LCKD apresentou uma diminuição significativamente na massa corporal (HC -0,8 kg, LCKD -5,9 kg;) e porcentagem de gordura corporal (HC -0,7%, LCKD -5,2%). Não houve mudança significativa no desempenho dos 100 km TT entre os grupos (HC -1,13 min.sec, LCKD -4,07 min.sec). A oxidação de gordura no grupo LCKD foi significativamente maior ao longo dos 100 km TT.

Conclusão: “Em comparação com um grupo de HC (alto carboidrato), um período de 12 semanas de ceto-adaptação e treinamento físico, melhorou a composição corporal, oxidação de gordura durante o exercício e medidas específicas de desempenho relevantes para atletas de resistência competitiva.”

Fonte: https://goo.gl/8d9mxV

Dieta cetogênica, saúde e atividade física

Há poucas décadas, uma crença se fortaleceu: a que o carboidrato é essencial para a vida e para a atividade física. Acredita-se que o carboidrato seja a principal fonte de energia para a atividade física e, sem ele, seria inviável obter performance. Com isso, olha-se a dieta cetogência com discriminação.

O principal problema nesta questão é ignorar as evidências. Talvez seja por ingenuidade. Talvez seja por resistência. É difícil mudar uma crença, eu sei. Por mais que haja uma enorme quantidade de evidências de alto nível, há resistência em acreditar. É triste.

Vamos entender mais.

O que é dieta cetogênica?

A dieta cetogêncica é baseada no baixo consumo de carboidrato. Menos de 50g por dia. Quando se pratica a cetogênica, o corpo entra em cetose nutricional, e é aí onde a mágica acontece.

Com a baixa ingestão de carboidrato, o corpo começa a oxidar a própria gordura e a gerar corpos cetônicos. Ao contrário da crença popular, corpos cetônicos são uma fonte de energia essencial em nossas células, que vem do metabolismo normal da gordura.

Funciona para emagrecer?

Para entrar em cetose, precisamos comer pouco carboidrato (low-carb) e, assim, o corpo começa a oxidar gordura. OK? Mas será que serve para emagrecer mesmo sem nos preocuparmos com calorias, porções etc.?

Sim! Postei aqui que não há estratégia melhor para emagrecer do que restringir o consumo de carboidratos.

Serve para atividade física?

Sim! Já fiz uma postagem sobre como uma alimentação low-carb high fat (LCHF) pode otimizar a performance esportiva. Fiz também uma live no Youtube com a endocrinologista Janaína Koenen e a maratonista Maria Vitória sobre Low-Carb, Corrida e Performance. Mas não precisamos comer carboidrato para ter energia? NÃO! Não precisamos comer carbo para ter energia!

Dá energia mesmo?

Não é que dê mais energia, é que o consumo crônico de carboidratos inibe a cetose, logo, limitamos a oxidação de gordura. Quando restringimos o consumo de carboidratos, o corpo tem acesso a estoques MUITO mais abundantes de energia que são as gorduras.

O corpo inteiro usa cetonas de uma forma mais segura e eficaz do que a fonte de energia proveniente de carboidratos. Afinal, evoluímos milhões de anos low-carb. Se nosso corpo “sabe” trabalhar com alguma fonte de energia, essa fonte é a gordura.

E o que hoje é conhecido como a dieta cetogênica foi o tratamento número um para a epilepsia até que a “Big Pharma” chegou com seus perigosos coquetéis de drogas antiepilépticas.

Nossos órgãos e tecidos do corpo funcionam muito melhor quando usam cetonas como fonte de energia, incluindo o cérebro, o coração e o núcleo de nossos rins. Tanto o coração como o cérebro funcionam pelo menos 25% mais eficientemente com cetonas do que com açúcar no sangue.

As mitocôndrias – fábrica produtora de energia – trabalham muito melhor numa dieta cetogênica, pois são capazes de aumentar os níveis de energia de maneira estável, duradoura, eficiente e constante.  Quando estamos em cetose, há um aumento na produção energética de nossas mitocôndrias, além de reduzir a produção de radicais livres prejudiciais. Isso porque as mitocôndrias são especificamente projetadas para usar gordura como energia, e quando isso acontece sua carga tóxica é diminuída.

Há quase três milhões de anos “praticamos” a cetogênica e isso nos tornou humanos. Foi o estilo de vida no qual nossos cérebros foram nutridos e evoluíram.

Fonte: https://goo.gl/CI38ub

Preciso comer carboidratos para ter energia?

A gente viu neste post os segredos dos atletas low-carb. Se você não leu ainda, recomendo fortemente a leitura.

Resumindo: o segredo é que esses atletas (que consomem pouco carboidrato) têm MUITO mais energia porque conseguem acessar os próprios estoques energéticos de forma mais eficiente, ao contrário dos atletas que consomem uma quantidade maior de carboidratos.

Um outro ponto importante é que, se realmente fosse necessário comer carboidratos para ter energia, seria impossível praticar atividade física em jejum. Concorda?

Falei sobre jejum e atividade física nesse post. Inclusive mencionei minhas experiências de correr maratonas em jejum. E esqui aqui vivo e cheio de energia para compartilhar minhas experiências e informações com embasamento científico.

Mas, o que diz a ciência sobre carboidrato e energia? Nossa gordura corporal nada mais é do que reserva de energia. Se nós temos reservas abundantes, porque deveríamos comer carboidratos (açúcar) para ter energia? E como nós poderíamos acessar essas reservas (gorduras) para serem utilizadas como substrato energético?

Veja o estudo abaixo:

“A maneira mais eficiente para acelerar a capacidade do corpo de oxidar a gordura é reduzir a ingestão de carboidratos alimentares a um nível que resulte em cetose nutricional enquanto aumenta a ingestão de gordura por um período de várias semanas.”

Então, para conseguirmos acessar nossos estoques de forma mais eficiente, precisamos reduzir o consumo de carboidratos.

E atletas conseguem extrair algum benefício?

Vejamos:

Isso demonstra o grau em que esses atletas conseguiram se libertar da dependência de carboidratos durante o exercício de resistência, contando com suas reservas muito mais abundantes de gordura corporal.

Sim. Se com restrição de carboidratos conseguis acessar de forma mais eficiente nossos estoques energéticos, seja atleta ou não, conseguimos obter mais energia de forma natural.

Fonte: https://goo.gl/5Fg8MV

O que atrapalha o emagrecimento? O que impede a queima de gordura?


Por que, apesar de muitas pessoas seguirem uma dieta rigorosamente não conseguem emagrecer ou emagrecem a passos lentos? E muitas vezes se esforçam demais na atividade física e aparentemente não têm o resultado esperado. Por que?

Claro que não há uma única causa para o emagrecimento e/ou ganho de peso. Porém, é importante entender que um dos principais fatores é a questão hormonal.

Vou ser objetivo, tá?

Como o corpo “gera gordura”?

O principal fator para que o nosso corpo gere gordura é o alto estímulo ao hormônio insulina. O principal macronutriente que estimula a insulina é o carboidrato.

O carboidrato que consumimos é convertido em glicose (açúcar) e sempre que houver glicose no sangue o corpo vai priorizar a utilização dessa glicose como substrato energético. Sempre!

Quando reduzimos o consumo de carboidrato nosso corpo utiliza a própria gordura corporal como substrato energético. A gordura (corporal) nada mais é do que reserva de energia.

Um estudo mostrou que o consumo de carboidratos horas antes da prática da atividade física diminuiu a capacidade de oxidar gordura como substrato energético.

Fonte: https://goo.gl/ADG7u9

Então, para quem deseja “queimar” gordura, comer carboidratos parece não ser uma boa estratégia.

Veja mais sobre a melhor dieta segundo a ciência, aqui.

Até a próxima. 😉

O segredos dos atletas low-carb


Um adulto de 80kg armazena em média 2.012 kcal em forma de glicogênio e 110.740 kcal em forma de gordura. Veja as imagens abaixo:

Por que o foco do uso energético é prioritariamente no glicogênio(carboidrato)?

Vou te responder agora! É comum focar no uso do glicogênio porque muitos atletas “bloqueiam” o acesso ao uso da gordura como substrato energético e se sentem “fracos” quando não consomem carboidratos.

E por que isso acontece?

Sempre que tiver altas concentrações de glicose no sangue, o corpo vai priorizar o seu uso. SEMPRE! Afinal, não é saudável ter muito “açúcar” no sangue, então o corpo vai “queima-lo” como substrato energético ou armazena-lo como gordura.

Então, consumir muito carboidrato cronicamente faz com que o corpo desaprenda a usar a gordura como substrato energético.

Um estudo comparou atletas adaptados a uma dieta cetogênica (pouquíssimo carboidrato) com atletas não adaptados. Os atletas adaptados conseguiram oxidar a gordura corporal MUITO mais que os não adaptados:

Veja o gráfico abaixo:

Isso demonstra o grau em que esses atletas conseguiram se libertar da
dependência de carboidratos durante o exercício de resistência, contando com suas reservas muito mais abundantes de gordura corporal.

Fonte: https://goo.gl/5Fg8MV

Este outro estudo que analisou as características metabólicas de atletas de ultrarresistência adaptados a uma dieta cetogência.

Resultado:

“A oxidação de pico de gordura foi 2 a 3 vezes maior no grupo LC (low-carb) (1,54 ± 0,18 vs 0,67 ± 0,14 g / min; P = 0,000) e ocorreu em maior porcentagem de VO2max (70,3 ± 6,3 vs 54,9 ± 7,8%; P = 0,000 ). A oxidação média de gordura durante o exercício submáximo foi 59% maior no grupo LC (1,21 ± 0,02 vs 0,76 ± 0,11 g / min; P = 0,000), correspondendo a uma maior contribuição relativa de gordura (88 ± 2 vs 56 ± 8%; P = 0,000). Apesar destas diferenças marcantes no uso de combustível entre os atletas LC e HC, não houve diferenças significativas no glicogênio muscular em repouso e no nível de depleção após 180 min de corrida (-64% do pré-exercício) e 120 min de recuperação (-36% do pré-exercício).”

Conclusão:

“Comparado com atletas de ultra-endurance altamente treinados consumindo uma dieta HC, a adaptação de ceto a longo prazo resulta em taxas extraordinariamente altas de oxidação de gordura, enquanto a utilização de glicogênio muscular e padrões de repleção durante e após 3 horas são similares.”

Fonte: https://goo.gl/Hnr8uo

E o segredo dos atletas low-carb? Já sabe, né?

É simples. Além de utilizar o glicogênio muscular da mesma maneira, tem uma capacidade MUITO MAIOR de oxidar a gordura corporal como substrato energético.