[LIVE no IG] – Low-carb, Corrida e Pódio!

Fico MUITO feliz quando vejo resultados como o de Maria Vitória (@mvitoriaabreu). Melhorou MUITO a saúde e a performance esportiva com uma alimentação de verdade.

Hoje, ela faz uma dieta cetogência e vem otimizando a performance esportiva na contramão do se prega. Assim como eu, ela vem restringindo o consumo de carboidratos e aumentando suas conquistas.

No último domingo 19/05 ela terminou em 3º lugar na Track and Field de BH.

Claro que resolvemos fazer uma LIVE no Instagram para compartilhar o resultado. Abaixo segue um parte da live:

É isso que venho mostrando. Não apenas artigos, mas experiências de verdade!

#AcrediteEmVocê

Primeira ultramaratona com direito a pódio

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Assim foi a minha primeira ultramaratona. Com número 01 no peito e terceiro lugar no solo masculino. Agora que já contei o final, deixa eu dizer como foi complicado o caminho até aqui.

As dificuldades já começaram na viagem, foram 12 horas de van entre Recife(PE) e Barbalha(CE). Saímos do parque da Jaqueira às 6 horas da manhã e paramos duas vezes para tomarmos café e almoçarmos. Chegamos aproximadamente às 18h para pegar o kit, participar do congresso técnico e jantarmos com todos os participantes.

Fomos pro hotel umas 21h30 e só consegui dormir de 22h30 até 23h30. A ansiedade era enrome. De 3 horas da madrugada eu já estava me arrumando para encontrar com os amigos da Acorja porque sairíamos de 4h15 para o local da largada.acorja

O clima estava muito agradável, acho que estava mais ou menos 18 graus. A largada foi pontualmente às 5 horas. O dia ainda estava escuro quando começamos a correr e, cerca de 2 km depois já estávamos na belíssima trilha na Chapada do Araripe. Ainda tudo escuro e, João Paulo (que me acompanhava) e eu não conseguíamos enxergar nitidez. Correr em trilha já bastante complicado e no escuro a atenção precisa ser muito maior.

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O dia começou a clarear quando estávamos aproximadamente no km 8 da prova, e aos poucos íamos nos encantando mais e mais com a bela trilha que em muitos pontos ainda estava com bastante neblina.

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Depois de correr 12 km na trilha, chegamos em um dos pontos mais delicados da prova e que talvez tenha sido o local que quebrou alguns atletas, principalmente os que competiram na categoria solo. Chegamos numa descida muito forte com piso bastante irregular. Eram pedras meio pontudas e bem espaçadas entre si. Atletas que desceram muito rápido certamente quebraram lá na frente.

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Depois desse longo e difícil trecho, chegamos no asfalto, e partir daí foram aproximadamente 6 km até chegar no km 25, onde era realizado o ponto de troca para as duplas. João Paulo me acompanhou até esse ponto, como ele precisou dar uma parada, continuei só  os últimos 25 km.

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Um pouco antes de chegar na metade da prova, fui informado que eu estava em terceiro lugar, e ali meu objetivo mudou. Eu tinha a intenção de participar da minha primeira ultramaratona apenas para terminá-la bem, e com essa informação, eu queria pelo menos manter a colocação. Quando cheguei no ponto de troca (km 25), fui informado que o primeiro colocado estava muito lento e que se eu mantivesse o ritmo (estava mantendo a média de 4’50″/km) chegaria nele.

Passei o segundo colocado no km 28 e fiquei em primeiro no km 30. Como eu estava com o apoio de Kiko que me acompanhou de bike a partir do km 26, eu não queria parar em nenhum ponto de hidratação, mas os últimos 16 km foram dificílimos.

Burgos
Foto de Renato Neves

Mantive a liderança do km 30 ao 37, mas eu sabia que seria muito difícil manter o ritmo naquele final. Piso em barro, lama, pedras, areia, cascalho, cimento, asfalto, com MUITAS subidas fortes, poucas descidas e muito desafio.  Depois desse trecho, que foi o mais difícil da prova, chegamos no asfalto. E foram mais de 2 km com muita subida fortíssima até chegar na entrado do Sítio Pinheiros (local da chegada), onde descemos aproximadamente 800 metros para cruzarmos a linha de chegada.

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Quando cheguei na parte do asfalto, as cãibras eram fortes e a coxa direita estava muito dolorida. Mas, apesar de toda a dor, em nenhum momento pensei em parar ou desistir. Eu só queria em cruzar a linha de chegada e completar meus primeiros 50 km.

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Preciso falar que a sensação de completar a prova foi incrível? Preciso dizer que além de terminá-la, ainda consegui ficar em terceiro foi fantástico? 😛

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A Acorja levou ao pódio 4 atletas, sendo 2 na categoria solo e uma dupla mista. Fui terceiro colocado no solo masculino e Katia foi a primeira colocada no solo feminino.

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Augusto Brito e Amanda ficaram em primeiro na dupla mista.

Independente da colocação, todos os atletas são grandes vencedores por conseguirem vencer seus desafios. Parabéns a todos os participantes.

Depois da prova, veio o momento de curtir e comemorar com a família. Não poderia ser diferente!

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Altimetria

Largamos a 792 metros. No km 3 já estávamos a 906 metros. No km 15 começamos a descer e no 29 estávamos a 421 metros. Do km 32 ao 50, saímos de 444 até 806 metros.

Organização

Apesar de ter sido a primeira edição da prova, Karina e Vitor se empenharam bastante e realizaram uma belíssima prova. Muito bem sinalizada, com pontos de hidratação a cada 5 km com bastante água e isotônico. No km 30 ainda teve uma mesa com comidas, bebidas, frutas etc.

Meu resultado

Conclui a prova em 5:12:39

Colocação: 3º lugar

Garmin: https://connect.garmin.com/modern/activity/732765035

Agradecimentos

Obrigado Cynthia e Júlia por sempre estarem por perto e apoiarem minhas “loucuras”. Certamente as coisas seriam muito mais difíceis se vocês não estivessem comigo. Amo muito vocês.

Valeu, turma da Acorja! Sem os treinos, ensinamentos, conselhos, motivação, parceria e união eu nem seria capaz de correr essa ultra.

Obrigado, Dra. Débora. Sua orientação nutricional foi e está sendo importantíssima na melhora de meu condicionamento e conquista desse resultado.

Obrigado pelo apoio, Kiko. Você não tem ideia do quanto me ajudou.

Obrigado pelas informações, Rochélio, o inominável. Me ajudou bastante no momento de definir a estratégia da prova. 🙂