TBT: PRIMEIRA ULTRAMARATONA – 50KM

Menos de um ano depois de começar nas corridas, em 2015, eu já tinha participado de 3 maratonas e decidi tentar correr minha primeira ultramaratona: 50km na Chapada do Araripe. E é sobre ela e as demais ultras que vou falar neste #tbt, com a 7ª parte da série #DaObesidadeAos100km.

Parecia uma loucura (mais uma!). Eu era um ex-obeso, mal tinha começado a correr e já ia partir para os 50k! Ainda bem que minha esposa é parceira e encara essas aventuras comigo. <3 Em março de 2015, lá estávamos nós – eu, Cynthia e Júlia, que na época tinha pouco mais de 2 anos – em uma van rumo à Chapada. Foram nove horas de estrada, Júlia, tadinha, passou mal, mas deu tudo certo. Chegamos no Hotel das Fontes, em Barbalha, um lugar belíssimo e com muito verde.

A largada da prova, porém, foi em outro hotel. De madrugada, lá estava eu a posto para mais um enorme desafio. E que desafio!

Aquela foi a primeira edição da prova, que apesar de ter um percurso belíssimo tem uma altimetria dificílima. Mas desafios existem pra gente cumprir e se superar, né?! E o resultado não podia ser melhor: 3º lugar geral! Cara, que felicidade! Não só tinha completado minha primeira ultra como ainda fiquei entre os 3 primeiros!

Mas nem tudo é perfeito… terminei em terceiro, mas NUNCA na vida eu tinha sentido tanta cãibra! Na época, eu ainda não praticava a low-carb, usava cápsula de sais e sachês de mel.

Uma realidade totalmente diferente de quando participei da mesma prova no ano seguinte. Em 2016, além de termos ido de avião (Júlia e Cynthia foi que gostaram dessa parte! Hehehe…), eu já havia iniciado a low-carb em dezembro de 2015 e estava plenamente adaptado.

Logo no início da prova, ainda escuro, pisei em um buraco e machuquei o tornozelo. Mas nada que me impedisse de seguir!

Concluí a prova tranquilamente.Diferentemente do ano anterior, não senti uma cãibras sequer! Apenas o cansaço normal de quem corre 50km. Incrível como a low-carb ajuda na recuperação!

Eu me encontrei, de fato, nas longas distâncias. E aí, como concluo um desafio já pensando em qual será o próximo, dos 50k pros 100k foi um pulo, ou melhor, uns poucos meses! Mas isso é o que vou contar no próximo #tbt!

TBT: Acorja

Depois do salto no tempo no último #tbt, no qual falei da Maratona de Porto Alegre, que participei por três anos seguidos, vamos voltar à ordem cronológica da minha história. Nesta sexta parte da série #DaObesidadeAos100km, vou contar como fui parar na Acorja, a Associação de Corredores da Jaqueira.

Pra começar, preciso dizer que praticamente todo corredor no planeta conhece a Acorja e todos têm um respeito enorme pelo grupo que reúne corredores com resultados incríveis, tanto em tempo quanto em superação. Porém, até então, só tinha treinado sozinho e achava que correr em grupo ia me afastar do meu objetivo porque sempre tem um que acompanha o outro, que treina conversando. E, ou eu treino ou converso. 🙂

 

Em um certo treino, passei pelo Açude de Apipucos e subi até a Faculdade Marista, onde tem um bebedouro. Bebi água e parei para fotografar (sempre corri com uma GoPro). Nesse momento, o pessoal da Acorja estava subindo e Lula, o presidente, me viu fotografando, apresentou-se, pediu para eu tirar foto com todos e me convidou para ingressar no grupo.

Detalhe: Lula é o “louco” da foto. Não pode ver ninguém fotografando que pede para sair na foto também hehehehehe…

Confesso que fiquei receoso. Apesar da gentileza do convite de Lula, eu só conhecia algumas pessoas pelo Instagram e Tiago Vilaça era uma delas. Gentilmente, Tiago deixou de presente uma camisa da Acorja na portaria do meu prédio e fez com que eu me sentisse ainda mais acolhido.

Meu primeiro treino com a Acorja foi em outubro de 2014, e totalizou 30,5 km. E, desde então, a Acorja virou uma família, a família do manto azul!

Depois que comecei a correr com a Acorja, vi que os benefícios são enormes! O primeiro grande benefício é a troca de experiência que nos proporciona um enorme aprendizado. Outro é a motivação que temos para encarar e superar nossos desafios. Correr em grupo é motivante demais! A gente consegue tirar energia de onde não temos! Sem contar as amizades que fazemos.

E foi com a família acorjeana que fiquei sabendo das ultramaratonas, que se tornariam uma grande paixão para mim. Mas esse já é um assunto para o próximo #tbt.

TBT: A Especial Maratona de Porto Alegre

Mais um #tbt e, com ele, um novo capítulo da série #DaObesidadeAos100km. Hoje, vou contar sobre como passei das provas curtas para as longas.

 

Em pouco mais de 6 meses, eu já tinha emagrecido 30 kg e corrido diversas provas de 5, 10 e 21 km. Foi então que decidi tentar correr minha primeira maratona. Para muitos, podia parecer loucura, mas na minha vida o que me movimenta são os desafios. E esse era mais um deles!

Durante todos os meses de preparação, compartilhei meus treinos e provas nas redes sociais com a hashtag #RumoAos42. E pessoas de todo o Brasil que sempre me acompanhavam passaram a me incentivar. Isso foi muito bacana!

Em maio de 2014, lá estava eu e minha família em Porto Alegre, lugar escolhido para superar o maior desafio até então. Após 4 horas e 1 minuto, terminei a prova. Nem preciso dizer que a sensação foi incrível, não é?!

 

Pois bem, depois da primeira vez, a gente pega gosto! Além de Porto Alegre, participei de outras maratonas, mas ainda voltei a POA por dois anos, o último deles, inclusive, foi um dos mais especiais! A Maratona de Porto Alegre está marcada na minha vida para sempre.

Na segunda vez que participei da prova, em junho de 2015, alcancei meu melhor tempo em maratona: 3:08:40. Mas não acabou por aí!

Em 2016, eu decidi tentar meu índice para a Maratona de Boston (prometo contar essa história com detalhes depois!). Em janeiro, tentei na Maratona da Disney, mas não consegui porque caí e machuquei o pé. Qual seria a outra oportunidade? A Maratona de Porto Alegre, é claro!

E lá fomos nós, eu e minha família, para o frio de novo. E, naquele ano, foi um senhor frio, viu?! Chegou a 0°C na largada. Larguei, caí (de novo!), levantei e segui! Terminei a prova quebrando meu recorde pessoal: 3h04. Foi indescritível!

Para mim, como falei, Porto Alegre tem um significado especial. Além do simbolismo da primeira Maratona e das quebras de recordes, essa cidade marca a superação de alguns dos meus maiores desafios!

 

Quem corre (ou prática qualquer esporte) tem sempre uma competição que é marcante, né?! Me conta aqui: qual é a sua?

 

E até a 6ª parte da série #DaObesidadeAos100km, com minha história com a querida Acorja. 😉

EMAGRECIMENTO DEFINITIVO: MINHA JORNADA – PARTE 3

Nunca fui sedentário, mas, voltar às atividades depois de 18 meses parado e cerca de 30 kg acima do peso, não é fácil. Imagine então voltar à ativa e participar de uma corrida de rua! Foi preciso muita disciplina e determinação. E é sobre essa primeira corrida que vou falar nesta 3ª parte do #tbt especial #DaObesidadeAos100km.

Como falei nos posts anteriores, toda minha mudança de hábitos começou em janeiro de 2013. E muitos acham que comecei a correr logo em seguida, mas não foi exatamente assim. Só iniciei nas corridas em março daquele ano.

Como ainda estava bastante pesado, eu alternava entre caminhada e corrida. Como se cria o hábito? Fazendo tudo dia após dia. Por isso, criei essa rotina de caminhada/corrida durante quatro ou cinco dias na semana.

No início, meu pace médio era de 8’45”. Eu começava andando 1 km, depois trotava 2 km; andava 1 km e terminava trotando mais 2 km. Por fim, totalizava 6 km.

Da esquerda para a direita: Ricardo Dubeux, eu e Pedro Morato

Após duas semanas dessa rotina, eu participei de minha primeira corrida oficial: a Corrida das Pontes do Recife. Inicialmente, eu me inscrevi na prova de 5 km, mas quando fui buscar o kit, meu amigo Ricardo Dubeux, que sempre foi atleta (velejador e também corredor), me desafiou a correr 10 km.

Apesar de ainda estar quase 30 kg acima do peso, aceitei o desafio! Não só consegui mudar minha inscrição como participei e concluí todo o percurso Completei os 10k em 1h24. A sensação de finalizar a prova foi demais!

Daquela prova de 10k para agora, já foram inúmeras corridas de rua de 5k e 10k. E, com o tempo, logicamente, meu condicionamento e meu desempenho foram melhorando. Hoje, minhas melhores marcas são: 10 km = 00:39:09, 21 km = 1h24 e 42,195 km = 2:55:10.

Eu sempre ressalto que depois que comecei a correr, passo o dia muito mais disposto e tranquilo. E, principalmente nos dias que corro, durmo muito melhor.

No próximo #tbt vou falar sobre minha primeira prova fora do Brasil. Mas me conta aqui nos comentários, você deseja correr provas mais longas?

 

Emagrecimento Definitivo: Minha Jornada – parte 2

Nesta segunda parte da minha jornada #DaObesidadeAos100km, vou contar mais sobre minha mudança de hábitos alimentares. Comecei falando sobre como me descobri acima do peso, com 108kg, depois de longos anos sedentário e me alimentando mal.

Pois bem. A partir daquela manhã de 15 de janeiro de 2013, quando decidi mudar, eu cortei vários alimentos da minha “dieta” que acreditava não ser saudáveis. Como? Parando de consumir refrigerante, açúcar, fritura, gordura e massa.

Minha esposa achou uma loucura, na época. “Como assim você acorda e decide que não vai mais comer pão, macarrão e tomar refrigerante?!” Mas foi isso mesmo. Acordei. Decidi. E segui!

Quando eu decidi mudar meu estilo de vida, só queria emagrecer e deixar de ser sedentário. Passei, então, os dois primeiros meses apenas com uma dieta “equilibrada” e sem nenhuma atividade física. Eu comia, principalmente, legumes, verduras, frutas e proteínas.

Só um detalhe: perceberam que nesta minha mudança praticamente cortei inconscientemente os carboidratos processados e tentava consumir comida de verdade? Acho que, desde sempre, eu tinha um pezinho lá no low-carb.

Aí você me pergunta: “E foi fácil assim acordar e decidir por uma mudança desta magnitude?”. Não. Claro que não foi. Pelo contrário, foi difícil pra caramba. Para uma mudança desta, é preciso muita força de vontade, determinação e apoio em casa. Com essas três forças conseguimos qualquer coisa. E eu consegui!

Neste processo todo, a corrida só veio entrar um pouco depois. Não lembro a data exata, mas sei que foi no início de março de 2013, foi que eu comecei a caminhar e correr no Parque da Jaqueira, aqui no Recife.

Mas essa já é uma história para o próximo #tbt!

Ah! Caso você tenha perdido a primeira parte, vai lá na #DaObesidadeAos100km.
Emagrecimento Definitivo: Minha Jornada – parte 1

Decidi fazer um #tbt diferente, aproveitando que muitos chegaram por aqui há pouco tempo e talvez não conheçam minha história de emagrecimento definitivo e otimização da performance nas corridas após a low-carb. Aliás, até mesmo quem me acompanha há mais tempo, pode não saber da minha jornada completa.

Sendo assim, vamos começar a primeira parte #DaObesidadeAos100km.

Em 2002, aos 20 anos, pouco depois de começar a namorar minha esposa, eu pesava 78kg – um pouco mais dos meus atuais 71kg/72kg. Mas, ao longo de 11 anos, me tornei sedentário e não me alimentava bem. Sabe como é, relacionamento estável, vida profissional começando… acabamos relaxando totalmente!

Porém, eu nunca havia sido sedentário. Ao longo de toda a minha vida, sempre pratiquei algum esporte (judô, futsal, futebol, basquete, handebol) e procurava me alimentar da melhor forma possível. Mas, ao longo dos anos, não sei como, me perdi de mim mesmo!

 

Com isso, já não tinha a mesma disposição de antes, não dormia tão bem, me irritava mais facilmente, vivia cansado. E isso tudo me incomodava, mas eu permanecia no ciclo vicioso de refrigerantes, fast foods, doces e afins.

 

Até que, em dezembro de 2012, saí para comprar uma calça para as festas de fim de ano e, nas três primeiras lojas que fui, nem o maior tamanho disponível me serviu. Isso me assustou muito! Então, pensei: “Preciso mudar!”

 

Em 15 de janeiro de 2013, de uma hora para outra eu disse para minha esposa (já havíamos casado): “Preciso mudar meu hábito alimentar e vou começar agora!”.

 

Parece mentira ou coisa de doido, né?! Mas foi assim mesmo. Eu tinha chegado ao meu maior peso: 108kg, e não podia deixar isso evoluir.

Esse foi meu primeiro passo e, naquele dia, começou a minha mudança. Por sorte minha, sempre contei com o apoio de minha família, principalmente da minha esposa.

Continua no próximo #tbt…