No último ano, a corrida me ajudou muito a mudar meu estilo de vida. Eu era sedentário, estava 30 kg acima do peso e tinha pouca disposição para tudo. Em menos de um ano, mudei radicalmente meu estilo de vida. Comecei a me alimentar melhor, emagreci 30 kg, corri 3 meias maratonas, e me tornei uma pessoa mais feliz.
Faço minhas corridas pelas ruas do Recife, e como normalmente corro a partir de 15 km por treino, passo por bastantes ruas e vejo muita coisa triste. Pessoas dormindo em lugares desumanos. Muitas crianças que não têm brinquedos e acabam ocupando seu tempo com o que não deveria. E eu não consigo apenas ignorar essa situação.
Então, como forma de me motivar ainda mais a correr e ajudar crianças por onde eu for, há quatro meses comecei a espalhar “presentes” pela cidade. Em muitos treinos levo comigo um presente e deixo em algum lugar que eu sei que mais cedo ou mais tarde alguém que precise passará por lá. No presente, sempre deixo dois brinquedos e um bilhete escrito:
“Correr faz bem. Então por que não espalhar o bem também? Esses brinquedos, deixados por um corredor, são para alguém que precise. Se você precisar deles, pegue-os! Se não precisar, deixe para alguém mais necessitado e, na próxima, #DeixeUmPresente também!”
Hoje, pela primeira vez vi uma pessoas muito simples pegar o presente. Confesso que que fiquei emocionado. Meu treino de hoje foi de 15 km, e deixei o presente no cais José Estelita, que fica a mais de 7 km de minha casa. Assim que cheguei no cais, deixei o presente no primeiro banco, fotografei e continuei a corrida. Na volta, assim que passei pelo banco, uma pessoa muito simples estava puxando uma carroça que estava cheia de plástico e papelão, e estava acompanhado por mais duas pessoas. Eles estavam vindo no sentido do presente e quando passei por eles os cumprimentei e continuei meu caminho. Um pouco mais na frente eu parei e comecei a observar. Assim que eles passaram na frente do banco, um deles viu que havia algo lá e foi pegar. Ele levou até os outros dois, e logo viraram para me olhar. Foi aí que sorri, e continuei a corrida. Foi bastante emocionante.
Nesse momento decidi não mais espalhar presentes anonimamente. E quando cheguei em casa, compartilhei essa história no meu perfil no Instagram para que mais pessoas pelo mundo afora também se motivem a espalhar um pouco de “carinho”.
Um ato tão simples como esse pode significar muito para alguém.
Agora eu faço o convite:
#DeixeUmPresente você também.