Diferença entre dieta cetogênica, low carb, paleolítica e carnívora

Uma dieta cetogênica é um plano alimentar que se baseia em uma redução significativa do consumo de carboidratos e um aumento correspondente na ingestão de gorduras saudáveis. O objetivo principal é fazer com que o corpo entre em um estado metabólico conhecido como cetose, no qual o organismo passa a utilizar a gordura como principal fonte de energia, em vez dos carboidratos.

Explicação sobre a cetose

A cetose é um processo natural que ocorre quando o corpo não tem carboidratos suficientes para produzir energia e, por isso, passa a queimar gordura. Durante a cetose, o fígado produz moléculas chamadas corpos cetônicos, que fornecem energia para o cérebro e outros órgãos. Esse estado metabólico pode ser alcançado reduzindo drasticamente a ingestão de carboidratos e aumentando a quantidade de gorduras na alimentação.

Redução de carboidratos e aumento de gorduras

Na dieta cetogênica, é recomendado limitar a ingestão de carboidratos a cerca de 20 a 30 gramas líquidos por dia. Isso significa que a quantidade total de carboidratos consumidos é reduzida, levando o corpo a usar a gordura armazenada como fonte de energia. Ao mesmo tempo, é necessário aumentar a ingestão de gorduras saudáveis, como abacate, azeite de oliva, óleo de coco e nozes, para fornecer energia ao corpo.

Níveis de proteína na dieta cetogênica

Os níveis de proteína na dieta cetogênica costumam ser moderados, ficando entre 20% e 27% das calorias diárias. É importante consumir proteínas de alta qualidade, como carnes magras, peixes, ovos e laticínios com baixo teor de gordura, para garantir a manutenção e a reparação dos tecidos corporais.

Formas de medir a cetose

Existem várias maneiras de medir a cetose na dieta cetogênica. Uma opção é usar um glicosímetro para medir os níveis de corpos cetônicos no sangue. Também é possível medir a cetose através da respiração ou da urina. No entanto, é importante lembrar que a cetose não é o único indicador de sucesso na dieta cetogênica, e é recomendado consultar um profissional de saúde para monitorar sua saúde metabólica durante o processo.

Benefícios e casos específicos

A dieta cetogênica tem mostrado benefícios em relação ao emagrecimento, controle da glicose sanguínea, melhora da saúde cardiovascular e redução da inflamação. Além disso, essa abordagem nutricional pode ser especialmente benéfica para pessoas com condições pré-diabéticas, diabetes tipo 2, hipertensão e esteatose hepática. No entanto, é importante ressaltar que cada caso é único e é fundamental buscar orientação médica antes de iniciar qualquer dieta.

O que é uma dieta low carb

Uma dieta low carb é uma abordagem nutricional que consiste em reduzir a quantidade de carboidratos consumidos e aumentar o consumo de gorduras saudáveis e proteínas. A principal diferença entre uma dieta low carb e uma dieta cetogênica é a quantidade de carboidratos permitida. Enquanto em uma dieta cetogênica os carboidratos são limitados a cerca de 20 a 30 gramas líquidos por dia, em uma dieta low carb esse limite pode ser um pouco mais flexível, variando até 130 gramas de carboidratos líquidos ou até 40% das calorias diárias.

A quantidade de carboidratos líquidos permitidos em uma dieta low carb pode variar de acordo com o nível de atividade física e os objetivos individuais. Atletas de alto rendimento, por exemplo, podem tolerar até 50 a 80 gramas de carboidratos líquidos por dia, enquanto pessoas com sobrepeso ou problemas metabólicos podem preferir uma ingestão mais baixa de carboidratos para estimular a perda de peso.

É importante enfatizar que uma dieta low carb não se trata apenas de contar carboidratos, mas sim de priorizar alimentos naturais e minimamente processados. Frutas e raízes, por exemplo, podem ser incluídas em uma dieta low carb, desde que sejam consumidas em quantidades adequadas e de acordo com os objetivos individuais.

É fundamental lembrar que a escolha da abordagem nutricional mais adequada depende dos objetivos individuais, da saúde metabólica e da preferência pessoal. Consultar um profissional de saúde qualificado pode ser útil para orientar e adaptar a dieta de acordo com as necessidades e restrições individuais.

O que é uma dieta paleolítica

Uma dieta paleolítica é uma abordagem nutricional que se baseia no consumo de alimentos que eram comumente consumidos pelos nossos ancestrais do período paleolítico. Essa dieta enfatiza o consumo de alimentos naturais e minimamente processados, como carnes, peixes, ovos, frutas, vegetais, nozes e sementes.

Explicação sobre a abordagem paleolítica

A abordagem paleolítica segue a premissa de que a nossa genética está mais adaptada para a ingestão de alimentos que eram disponíveis antes do advento da agricultura e da produção em massa de alimentos processados. Acredita-se que a alimentação dos nossos ancestrais era composta principalmente por alimentos de origem animal, como carnes magras, peixes e ovos, além de frutas, vegetais e alimentos ricos em gorduras saudáveis, como nozes e sementes.

Maior consumo de carboidratos e menor de gorduras

Uma característica da dieta paleolítica é o maior consumo de carboidratos provenientes de frutas e vegetais, em comparação com outras abordagens nutricionais, como a cetogênica. No entanto, a ingestão de gorduras é menor, principalmente quando comparada à dieta cetogênica, que prioriza o consumo de gorduras saudáveis.

Possibilidade de inclusão de laticínios e grãos

Embora muitas pessoas que seguem uma dieta paleolítica optem por evitar o consumo de laticínios e grãos, existem algumas vertentes dessa abordagem que permitem a inclusão moderada de laticínios com baixo teor de gordura, como iogurte e queijo, e grãos não processados, como arroz e quinoa. Essa variação na inclusão de laticínios e grãos depende dos objetivos e da saúde metabólica de cada indivíduo.

Opinião pessoal sobre a seleção de alimentos

Minha opinião pessoal é que a seleção de alimentos na dieta paleolítica deve ser baseada na qualidade e na origem dos alimentos. É importante priorizar alimentos naturais e minimamente processados, evitando alimentos industrializados e ricos em aditivos químicos. Além disso, é essencial escolher alimentos orgânicos e de origem sustentável, sempre que possível.

O que é uma abordagem animal based

Uma abordagem animal based é aquela em que a base da alimentação é composta principalmente por alimentos de origem animal, como carnes e ovos. Essa abordagem nutricional tem como foco principal a ingestão de proteínas provenientes de fontes animais, em detrimento dos carboidratos e gorduras.

Definição do conceito de animal based

O conceito de animal based se refere a uma alimentação que prioriza alimentos de origem animal, colocando-os como a principal fonte de nutrientes e energia. Nessa abordagem, a ingestão de proteínas provenientes de carnes, peixes, ovos e laticínios é essencial para a manutenção da saúde e o fornecimento de nutrientes essenciais ao organismo.

Prevalência de alimentos de origem animal na dieta

Na abordagem animal based, os alimentos de origem animal têm uma presença dominante na dieta, fornecendo a maior parte das calorias e nutrientes necessários para o corpo. Esses alimentos são ricos em proteínas, vitaminas, minerais e outros nutrientes essenciais, que desempenham um papel fundamental na saúde e no bom funcionamento do organismo.

Possibilidade de inclusão de raízes e frutas

Apesar de a abordagem animal based priorizar alimentos de origem animal, como carnes e ovos, também é possível incluir raízes e frutas na dieta, desde que sejam consumidas de acordo com as necessidades individuais e os objetivos pessoais. A quantidade de raízes e frutas permitidas pode variar dependendo da abordagem específica adotada, mas é importante lembrar que a base da alimentação é composta por alimentos de origem animal.

Opinião pessoal sobre a seleção de alimentos

Na minha opinião pessoal, a seleção de alimentos na abordagem animal based deve ser baseada nas necessidades individuais, nos objetivos de saúde e na preferência pessoal. É importante escolher alimentos de alta qualidade, provenientes de fontes confiáveis, para garantir a obtenção de todos os nutrientes necessários para uma alimentação saudável. Além disso, é fundamental respeitar as preferências alimentares de cada pessoa e adaptar a dieta de acordo com suas necessidades específicas.

Qual abordagem é a melhor

  • A importância de escolher de acordo com seus objetivos
  • Considerar a saúde metabólica e a relação com a alimentação
  • Escolher a abordagem que se encaixa melhor no estilo de vida
  • Ênfase na importância do emagrecimento como estilo de vida.

Ao considerar qual abordagem nutricional é a melhor para você, é importante levar em conta seus objetivos pessoais. Cada uma das abordagens – dieta cetogênica, low carb, paleolítica e animal based – oferece benefícios específicos e pode ser mais adequada para determinadas metas.

Antes de decidir, é essencial considerar sua saúde metabólica e como a alimentação escolhida pode afetá-la. Por exemplo, se você tem condições pré-diabéticas, diabetes tipo 2, hipertensão ou esteatose hepática, pode ser recomendado procurar uma abordagem que ajude a controlar essas condições de forma eficaz.

Além disso, é importante escolher uma abordagem que se encaixe no seu estilo de vida. Considere suas preferências alimentares, rotina diária e restrições pessoais ao tomar uma decisão. Se uma abordagem é muito restritiva ou difícil de seguir, pode ser mais difícil alcançar os resultados desejados a longo prazo.

Por fim, é essencial perceber que o emagrecimento deve ser encarado como um estilo de vida, não apenas como uma dieta temporária. É importante adotar mudanças sustentáveis na alimentação e no estilo de vida, focando em hábitos saudáveis a longo prazo.

Considerações finais

Ao considerar qual abordagem nutricional é a melhor para você, é importante levar em conta seus objetivos pessoais. Cada uma das abordagens – dieta cetogênica, low carb, paleolítica e animal based – oferece benefícios específicos e pode ser mais adequada para determinadas metas.

É essencial aderir à abordagem escolhida como um estilo de vida, não apenas como uma dieta temporária. A mudança de hábitos alimentares deve ser sustentável a longo prazo para obter resultados duradouros.

Para aqueles que buscam tratar problemas de saúde metabólica, como diabetes tipo 2, hipertensão e esteatose hepática, todas as abordagens podem ser eficazes quando combinadas com acompanhamento médico adequado. É importante tratar a causa emocional também, buscando apoio psicológico e abordando questões relacionadas à ansiedade e compulsão alimentar.

Dicas para tratar a ansiedade e compulsão incluem a prática regular de exercícios físicos, o estabelecimento de uma rotina de sono adequada, a busca por atividades de lazer e relaxamento, o consumo de alimentos ricos em triptofano (como banana e aveia) e a prática de técnicas de relaxamento, como meditação e respiração profunda.

O tempo de duração das abordagens pode variar de acordo com os objetivos individuais e a resposta do corpo a cada uma delas. Algumas pessoas podem seguir uma abordagem por meses ou anos, enquanto outras podem optar por fazer variações ao longo do tempo.

Por fim, é importante mencionar que o consumo de cuscuz pode ser incluído em uma dieta low carb ou paleolítica, desde que esteja de acordo com as necessidades e objetivos individuais. É importante escolher versões de cuscuz que sejam feitas com ingredientes naturais e sem adição de açúcares ou produtos químicos.

O que nos fez seres humanos?

Nesta segunda parte da #NossaHistóriaComAComida vamos entender que nossa evolução humana e os hábitos alimentares de nossos ancestrais estão muito mais ligados do que podemos imaginar. Nossa “análise” pode começar pelos povos que são o elo evolutivo dos humanos para os macacos: os habilinos.

Registros apontam que, possivelmente, foram eles os que primeiro usaram facas para, por exemplo, cortar a língua dos antílopes mortos e conseguir pedaços mais generosos de carnes. Antes deles, havia os australopitecinos, mais semelhantes a chimpanzés. Após milhares de anos e cerca de dois milhões de anos atrás, é que saímos dos habilinos e passamos a ser “homem”, como o Homo erectus.

Mas o que nos ajudou nesse processo evolutivo? O que fez com que nosso corpo e nosso cérebro se afastasse cada vez mais dos macacos? Richard Wrangham nos responde isso em seu livro “Pegando Fogo: Por que cozinhar nos tornou humanos”: “Os antropólogos têm uma resposta. Segundo a visão mais aceita desde os anos 1950, houve um único ímpeto presumível: o consumo de carne”.

Esse consumo de carne fez com que os australopitecinos evoluíssem para os habilinos, porém, não apenas a carne esteve diretamente ligada à evolução para o Homo erectus, que possuía maxilares e dentes pequenos que não conseguiriam comer a carne crua dos animais. Cientistas apontam que a utilização do fogo no preparo das comidas também ajudou.

Dentro deste processo evolutivo, devemos lembrar que tanto nós quanto os seres caçadores da época paleolítica, evoluímos para buscar alimentos ricos em gorduras e açúcares, a diferença é que nossos ancestrais “lutavam” muito para encontrá-los. No entanto, ao contrário de nós, as fontes alimentares deles eram basicamente gorduras de animais e açúcares naturais de vegetais e de frutas que estivessem na estação. Mas esses hábitos mais detalhados ficarão para o próximo #NossaHistóriaComAComida.

[LIVE] Estratégias Low-Carb para Maratonas

Que low-carb é a melhor estratégia para emagrecimento a gente já sabe (veja aqui). Mas ainda há dúvidas sobre restrição de carboidrato e performance esportiva. Bem, também já postei sobre isso aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

Ontem realizamos uma live com a participação da nutricionista Letícia Moreira (@nutrileticialowcarb) e Lucas Azeredo (@ldazeredo) que correrá sua primeira maratona no próximo domingo (10/06) em Porto Alegre e toda sua preparação foi em low-carb.

Na live falamos sobre estratégias low-carb tanto para maratonas como para triathlon, Lucas falou sobre sua preparação e eu compartilhei minha experiência com low-carb e provas de resistência.

Letícia e eu estamos trabalhando num programa focado em Low-Carb/Paleo para atletas de resistência que será lançado em breve. Também falamos sobre isso.

Enfim, foi MASSA!

Carbogel de batata doce com óleo de coco – Paleo/low carb

Olá. Tudo bem?

Existe muita dúvida quando decidimos ter uma alimentação mais saudável e começamos a praticar Paleo/Low carb mas também praticamos atividade física. As principais dúvidas são em relação a reposição durante treinos longos. As pessoas ainda acreditam que seja preciso consumir algo. Mas nem sempre é verdade.

Passei por isso há cerca de 1 ano. Não queria me encher de tanto açúcar acompanhado de muita química que não são nada saudáveis. Me refiro aos géis de carboidrato. Então decidi fazer meu próprio “carbogel” mais natural.

Fiz um vídeo explicando minha experiência e mostrando como fazia o “carbogel”.

Se você gostou do vídeo, curte lá e assina nosso canal, tá?

Muito obrigado e até a próxima. 🙂

1 ano da Paleo / Low Carb
Há 1 ano estou me alimentando no estilo Paleo/Low Carb e o resultado está sendo incrível! Nesses 12 meses não sentir uma única vez dor de cabeça, sinusite, rinite, asma etc.
É impressionante como achamos normal ter esses incômodos, não é. Mas, será que isso é normal mesmo?
Bem, fiz um vídeo relatando toda minha experiência desse último ano desde que resolvi me alimentar de “comida de verdade”. Dá uma olhadinha lá.

Ah! Se você gostou, assina lá o canal e dá um joinha, tá? 😉
Receita de pizza de couve-flor | Paleo/low carb

Quem disse que não dá pra fazer pizza usando apenas “comida de verdade”? 🙂 Essa pizza é MUITO fácil e deliciosa. Segue a receita: Ingredientes:

  • 500 gramas de couve-flor;
  • 1 ovo;
  • 1 pacote de queijo parmesão ralado

Modo de preparo:

  • Coloca os ingrediente em um processador ou liquidificador e tritura bem;
  • Coloca em um refratário untado com azeite (ou manteiga);
  • Leve ao forno (220 graus) por 25 minutos;
  • Tire do forno com cuidado, pois estará muito quente;
  • Coloque o recheio que deseja e leve novamente ao forno (220 graus) por 25 minutos.

Bom apetite. 🙂

Receita de mingau de coco

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Essa é uma excelente receita para aquelas pessoas que deixaram de comer papa/mingau de aveia porque começaram a praticar paleo/low carb, ou aquelas pessoas que simplesmente adoram tudo de coco. 

Ingredientes
100 gramas de coco fresco ralado
250ml leite de coco
2 colheres de sopa de farinha de castanha
Sal a gosto
3 colheres de chá de xilitol
Canela em pó

Modo de preparo:
Aqueça o leite de coco em uma panela em fogo médio.
Adicione todos os ingredientes (menos a canela) e misture bem.
Cozinhe até que comece a ferver.

Coloquei em um recipiente e salpique canela por cima.

Bom apetite. 🙂

Receita de bolinho de coco de caneca feito no microondas | Low carb

Essa é uma das receitas que mais gosto. Em menos de 10 minutos o bolinho está pronto. Muito simples, prático, gostoso e nos deixa saciados por muito tempo.

Pode ser acompanhado por ovos, queijo, manteiga, charque, bacon etc… Eita. Deu água na boca! 🙂

Ingredientes:

1 ovo
2 colheres de sopa de creme de leite
1/2 caneca de coco ralado
1/2 colher de chá de fermento
4 colheres de chá de xilitol

Modo de preparo:

Misturei tudo com garfo até ficar bem homogêneo, coloquei em uma caneca e levei ao microondas por 2 minutos e 20 segundos.

Receita de peixe com legumes no forno | Paleo – Low carb

Dia desses, estava querendo comer algo diferente, mas que fosse prático pra fazer. Claro que seria feito de comida de verdade. 🙂 Pra quem gosta de peixe, esse prato é uma excelente opção.

Ingredientes:

1kg de postas de peixe
Azeite
3 cenouras
2 cebolas
Brócolis
Azeitonas
Tempero a gosto. Usei sal, orégano e pimenta do reino.

Modo de preparo:

Em um refratário de vidro, coloque o peixe e derrame (bastante) azeite. O azeite ajudará no cozimento do peixe.

Coloque sal, orégano e pimenta do reino. Em seguida, coloque as cenouras fatiadas em rodelas, as cebolas em “anéis”, os brócolis, as azeitonas e mais azeite e orégano.

Cubra com papel alumínio e leve ao forno já pré-aquecido por aproximadamente 1 hora, em fogo médio/alto.

Uma taça de um bom vinho tinto seco é um excelente acompanhamento. 🙂

Bom apetite.

O que é dieta Paleolítica? O que é Low Carb?

piramide.paleo_.comida.de_.verdade Por Mirella Alves, nutricionista*

O estilo “paleo” significa uma alimentação mais parecida com o que nossos ancestrais caçadores/coletores faziam antes de existir a agricultura. Foi com esse tipo de alimentação que nós seres humanos evoluímos.

Na terra existiam diversos grupos de caçadores-coletores, cada um com sua “cultura alimentar”. Existiam grupos que viviam mais da pesca, outros de caça, outros tinham mais acesso a verduras e legumes, enfim o que eu quero dizer é que não existia um único tipo de alimentação e dependendo da localização geográfica havia maior ou menor quantidade de certos alimentos.

Mais importante do que as diferenças entre estas dietas, é o que todas têm em comum: a ausência de produtos refinados, alimentos processados e grãos. É uma alimentação baseada em carnes, legumes, verduras, frutas, oleaginosas e tubérculos. De preferência que esses alimentos sejam orgânicos, ou seja, ovos caipiras, frutas e legumes orgânicos, carnes de animais que vivem soltos e sem nenhum tipo de industrializado.

Assim, com todas as variações geográficas e culturais, podemos descrever da seguinte forma uma dieta paleolítica: – Ausência de grãos; – Ausência de açúcar; – Ausência de laticínios; – Ausência de alimentos processados. Quais os benefícios dessa dieta? A agricultura “só” existe há 10.000, mas nossos antepassados mais antigos existem há mais de 2.000.000 milhões de anos! Ou seja, nossos genes estão muito mais adaptados ao que nós comemos durante esses mais de 2 milhões de anos, do que a esses 10.000 anos!

Em relação aos laticínios sabemos que muitas pessoas tem intolerâncias e mesmo não sendo “paleo” para aquelas pessoas que toleram os laticínios fermentados não tem problemas.

Ser paleo não significa ser low carb, da mesma forma que ser low carb não quer dizer ser paleo.

Low carb é uma expressão em inglês que significa baixo carboidrato. De acordo com as recomendações vigentes das diretrizes nutricionais a quantidade de carboidratos diária deve ser em torno de 45 a 65% das necessidades diárias individuais. Então, se você consumir menos que isso estará fazendo low carb. Não existe uma quantidade específica de percentual que diga “a partir de tantos % é low carb”.

Low carb tem sido muito utilizada para o tratamento de obesidade, síndrome metabólica e diabetes. Muitas pessoas estão utilizando está estratégia para emagrecimento, pois a redução dos carboidratos leva a diminuição da secreção de insulina, um hormônio liberado pelo pâncreas que está diretamente relacionado ao armazenamento de gordura. Lembrando que a insulina não é o único hormônio responsável por isso, mas um dos principais.

Todo mundo precisa fazer low carb? Não necessariamente! Procure um profissional, conheça seu organismo e veja qual a melhor estratégia para a SUA saúde! Lembrando que esses são estilos de vida e a BASE da alimentação pra quem quer ter saúde e disposição são VERDURAS E LEGUMES! Não é dieta da proteína, dieta da moda, dieta da gordura e sim uma dieta com COMIDA DE VERDADE!

* Mirella é Nutricionista e Especialista em Nutrição Clínica LCHF/Paleo
Siga no instagram: @mirellanutricionista
Contato para consultas: 81 33266291 ou 81 9 92874433